Rio - Já estão identificados os suspeitos do envolvimento na troca de tiros, no final da tarde desta quarta-feira, na Cruzada São Sebastião, no Leblon, Zona Sul do Rio, que deixou três pessoas feridas. De acordo com Monique Vidal, delegada titular da 14ª DP (Leblon), Diego Barbosa Alves e Gabriel Teixeira Mendes tentavam matar Gláucio Lopes de Souza, um dos líderes do tráfico na Cruzada, que acabou baleado na troca de tiros. O suspeito levou três tiros e está internado no Hospital Miguel Couto sob custódia da polícia.
O tiroteio ainda deixou feridas as moradoras Rosinele Portela Medeiros, de 49 anos, e Brenda Cristina Alves da Silva, de 17 anos. O estado de saúde da adolescente é o que mais inspira cuidados, já que ela foi atingida no peito.
A Polícia Civil busca por Gabriel Mendes, traficante da Rocinha que pertenceria ao grupo de Antônio dos Santos Bonfim, o Nem. Segundo as investigações, Gláucio estaria vendendo drogas no momento do confronto. Os investigadores já trabalham com uma possível ligação do ataque com o tráfico na Rocinha, que está em guerra há quase um mês devido à disputa entre quadrilhas de Rogério 157 e Nem da Rocinha, hoje rivais.
As investigações apontaram que Diego e Gabriel entraram a pé e armados com pistolas, por volta das 16h30, na Cruzada. Após efetuarem os disparos, os acusados correram em direção a Ipanema e Diego foi perseguido e preso por policiais militares na Avenida Visconde de Pirajá, no mesmo bairro. Ele foi autuado em flagrante na 14ª DP. Gláucio foi indiciado por associação ao tráfico. Já Gabriel Teixeira Mendes conseguiu fugir e já é considerado foragido pela polícia.
“Está acontecendo uma briga entre duas facções criminosas. E aqui não foi diferente. Houve aqui um conflito entre essas duas facções. Na verdade, foi um ataque de uma facção que é ligada ao Nem, a outra facção que estaria em guerra com o Nem”, afirmou ainda na quarta-feira o delegado Carlos Alberto Abreu, da 14ª DP (Leblon).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todas as vítimas passaram por cirurgia e os seus estados de saúde são estáveis. Ainda segundo a SME, não há previsão de alta para os três pacientes.