Brasília - A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Thereza de Assis Moura negou nesta sexta-feira, a liminar que pretendia anular a transferência do ex-governador Sérgio Cabral para o presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O mesmo pedido já havia sido rejeitado pela Justiça do Rio de Janeiro.
A transferência foi determinada na segunda-feira, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Cabral está preso desde novembro do ano passado no Rio em função das investigações das Operação Lava Jato no estado.
A ida para o presídio federal foi determinada por Bretas depois que, em depoimento, Cabral demonstrou ter informações sobre a família do juiz. O ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias e seria a empresa mais importante do ramo no estado.
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A declaração foi interpretada pelo juiz e pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma tentativa de intimidação e um indício de Cabral estaria recebendo informações indevidas dentro do presídio.
A defesa de Cabral argumenta que os fatos citados no interrogatório são de conhecimento público. Os advogados do ex-governador alegam que sua transferência para outro estado poderia significar ameaça a sua segurança, porque Cabral se empenhou para obter a transferência de vários criminosos de alta periculosidade para presídios federais.
Cabral ficará no mesmo presídio que traficantes do Rio
O ex-governador do Rio ficará na mesma penitenciária que pelo menos oito traficantes da facção Comando Vermelho (CV). Entre eles: Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira, preso durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em 2015; Antonio Ilario Ferreira, o Rabicó, preso em 2008; Bruno Coutinho, o Brunaldo; Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D; Tiago Rangel da Fonseca, o TH.
Com informações da Agência Brasil