"Ele era uma pessoa tranquila. Não tinha vicio. O único vício que ele tinha era o de trabalhar demais. Hoje ele estaria de folga no mercado e trabalharia no Uber à noite", disse Paula Fernandes da Silva, ex-mulher de Rafael, com quem tem uma filha de oito meses.
Segundo Paula, a família ficou sabendo do ocorrido ao ligar para o celular da vítima. Ao atender, uma agente informou sobre a morte de Rafael, que de acordo com a Polícia Civil, foi encontrado com um tiro na nuca. A família suspeita de que ele tenha sido vítima de bala perdida, pois nada foi roubado do carro da vítima.
Ainda de acordo com Paula, pelo horário do crime, Rafael já estaria voltando para casa após a noite de trabalho. Ele, que costumava rodar na Zona Sul, trabalhava há cerca de cinco meses no aplicativo para completar a renda. Ainda não há informações sobre a data e local de enterro da vítima.
Segundo o Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), uma equipe foi alertada, por volta das 6h, sobre roubos em série na Avenida Brasil. Próximo a Comunidade do Chaves, os militares encontraram o sentido oposto da via fechado e os veículos voltavam na contramão.
No local, os militares encontraram um carro branco e um outro veículo não identificado. Os criminosos, ao perceberem a chegada da PM, fugiram em direção à Estrada João Paulo.
A ocorrência foi registrada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH) que investiga o caso como latrocínio (roubo seguido de morte). Os agentes fizeram uma perícia no local e apuram a autoria do crime.