Rio - Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) fizeram, nesta sexta-feira, um trabalho de perícia complementar na Rua dos Inválidos, na Lapa, no Centro da cidade. Os agentes estiveram próximo ao sobrado onde a vereadora Marielle Franco (Psol), 38, participou de um encontro com mulheres negras, na quarta à noite, antes de ser assassinada.
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Os peritos mapearam os estabelecimentos e residências que têm câmeras para recolher mais imagens que possam ajudar nas investigações. Depois, fizeram o percurso que pode ter sido feito pelo motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, 39, também assassinado, até chegar à Rua Joaquim Palhares, no Estácio, onde ocorreu o crime.
A Polícia Civil já tem imagens do momento em que Marielle saía do encontro. Elas mostram que o veículo onde estava a vereadora foi seguido por outros dois automóveis. Até agora, as primeiras informações sobre as investigações apontam para crime premeditado.
Mapeamento das munições
Também nesta sexta, a polícia descobriu da onde são as munições que mataram a vereadora e o motorista. Segundo a investigação, a munição é de lotes vendidos para a Polícia Federal do Distrito Federal em dezembro de 2006 pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).
As polícias Civil e Federal vão trabalhar em conjunto para investigar quem teve acesso às cápsulas. Em nota, as corporações informaram que "foi instaurado inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime."