Rio recebe doações de fuzis e munições. Doações são das empresas Forjas Taurus e CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) e serão entregues pelo Gabinete de Intervenção Federal à Secretaria de Estado de Segurança e à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A cerimônia de entrega do armamento aconteceu na tarde de hoje no Forte de Copacabana, na Zona Sul, e contou com a presença do interventor federal na Segurança Pública do Estado do Rio, General Braga Netto. FOto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia - Foto: Daniel Castelo Branco
Rio recebe doações de fuzis e munições. Doações são das empresas Forjas Taurus e CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) e serão entregues pelo Gabinete de Intervenção Federal à Secretaria de Estado de Segurança e à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A cerimônia de entrega do armamento aconteceu na tarde de hoje no Forte de Copacabana, na Zona Sul, e contou com a presença do interventor federal na Segurança Pública do Estado do Rio, General Braga Netto. FOto: Daniel Castelo Branco / Agência O DiaFoto: Daniel Castelo Branco
Por GUSTAVO RIBEIRO

Rio - O general Braga Netto recebeu, nesta terça-feira, no Forte de Copacabana, fuzis e munições doados pelas empresas Forjas Taurus e Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) para o Exército Brasileiro no âmbito da intervenção federal. Foram entregues 100 fuzis T4 da Taurus e 100 mil munições calibre 5.56 da CBC. 

Além do interventor federal, participam da entrega o secretário de Segurança, Richard Nunes, o presidente da Taurus, Salesio Nuhs e o presidente da CBC, Fabio Luiz Munhoz Mazzaro. Braga Netto permaneceu por cerca de um minuto na solenidade, posando para fotos com os representantes das companhias.

Segundo o coronel Roberto Itamar, assessor do Comando Militar do Leste (CML), o valor comercial da doação é de 1,5 milhão. As armas e munições serão disponibilizadas para a Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria Estadual de Segurança, para que destine o uso às policias Civil e Militar. "Esses fuzis já são testados pela fábrica, são novos, que têm o seu uso imediato", disse Itamar, acrescentando que a sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope) será vistoriada na manhã desta quarta-feira. A ação é semelhante a que ocorreu no 14º BPM (Bangu), na semana passada.

No fim do ano passado o Ministério Público Federal (MPF) em Sergipe ajuizou uma ação contra a Taurus por defeitos apresentados pelas pistolas da fabricante com agentes de segurança de diversos estados. A própria Polícia Civil fez testes com pistolas em 2015, que apontaram problemas com as armas.

"Nós não podemos prever problemas. O que aconteceu com pistolas é coisa do passado. Toda garantia das armas Taurus será fornecida também para essa doação que nós estamos entregando, a exemplo do que a gente faz com todos os nossos armamentos". O objetivo ação, segundo Nuhs, é o compromisso das duas empresas (Taurus e CBC), como sendo brasileiras, com a segurança pública do Rio de Janeiro.

"As duas empresas são empresas estratégicas de defesa. Nós fazemos parte dessa questão de arsenal nacional, de suprimento das Forças Armadas brasileirAs e sentimos que a nossa obrigação é colaborar com a intervenção no Rio de Janeiro também", completou Nuhs.

Fuzil T4

O fuzil T4 foi lançado pela Taurus no meio do ano passado. É uma plataforma já existente no mundo desde a década de 60, sendo usada por mais de 80 países no mundo. Segundo o presidente da empresa, é uma arma leve, portátil, para emprego urbano, tem menos de 3kg e capacidade para 30 munições no carregador.

O presidente da Taurus afirmou que a empresa fornece informações para o Exército, para que sejam usadas no treinamento dos policiais e militares que porventura forem utilizar as armas. "Esses fuzis serão destinados à Secretaria de Estado de Segurança e à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para que possam ter um reforço em seu equipamento para combate à criminalidade no Rio". 

Caso Marielle

O gabinete da intervenção acompanha as investigações, que são conduzidas pela Secretaria de Estado de Segurança através da Delegacia de Homicídios (DH). "Tenho confiança que num prazo muito próximo teremos esse crime desvendado para que toda a população do Rio e do Brasil conheça o que realmente aconteceu", disse o coronel Roberto Itamar.

Saída da Vila Kennedy

"A Vila Kennedy está sendo o modelo de atuação. Foi feita uma estabilização da área com o emprego das tropas federais, a PM vem aos poucos reassumindo esse papel ostensivo de policiamento da comunidade, foi feita uma ação social e pretendemos que essas ações continuem na comunidade. Paulatinamente, a contribuição das Forças Armadas vai sendo retirada e substituída pelo patrulhamento da Polícia Militar, que tem o dever constitucional de realizar o policiamento em todo o Estado", revelou Itamar, acrescentando que a próxima favela que receberá ação militar ainda não será divulgada.

Recursos do governo

"A questão dos recursos, que foi publicada ontem, é uma totalização global das necessidades. Parte desse recurso de R$ 3,1 bi será correspondente ao orçamento do Estado do Rio, e a outra parte o governo federal poderá aportar. Desse montante, R$ 1,6 bilhão é para sanar dívidas passadas. Ou seja, dívidas que existem no Estado. Desses R$ 1,6 bi, 1 bi são destinados ao pagamento de pessoal e somente o próprio Estado pode fazer esse pagamento. Os outros R$ 600 milhões podem ser assumidos em parte pelo Estado ou recursos federais", finalizou Itamar. 

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