Armas e munições apreendidas após tiroteio na comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca - Divulgação
Armas e munições apreendidas após tiroteio na comunidade Bateau Mouche, na Praça SecaDivulgação
Por O Dia

Rio - Uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) terminou com um criminoso baleado, na noite desta terça-feira, na comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, na Zona Oeste da cidade. A favela é alvo de ações da polícia desde os flagrantes de homens fortemente armados trocando tiros e circulando na Rua Cândido Benício, uma das principais da região.

O suspeito baleado foi socorrido para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Não há informações sobre o seu estado de saúde. A ação do Bope também prendeu um fuzil calibre 5,56, uma pistola ponto 40, quatro carregadores e munições de diversos calibres.

TV flagra criminosos fortemente armados em comunidades

A Favela Bateau Mouche, na Praça Seca, na Zona Oeste, viveu mais uma madrugada de horror. Durante horas, o intenso tiroteio entre quadrilhas de milicianos e traficantes de drogas impediu que moradores e estudantes saíssem atrasados para o trabalho e escola, respectivamente. E, quando um dos bandos deixou o local, para alívio de moradores, quem entrou em pânico foram motoristas que passavam pela Rua Cândido Benício em plena hora do rush.

Por volta das 7h desta segunda-feira, bandidos foram flagrados fortemente armados deixando a Bateau Mouche. O flagrante foi feito pelo helicóptero da TV Globo, para o Bom Dia Rio. Os criminosos, alguns com capuz e roupas camufladas, fugiram em pelo menos cinco carros para a Favela da Chacrinha, que fica do outro lado da Rua Cândido Benício.

Na travessia, alguns criminosos apontaram armas para motoristas que estavam na via e bloquearam o trânsito. Muito tempo depois, a Polícia Militar enviou o 18º BPM (Jacarepaguá) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) ao local. O clima tenso na região tem reflexo no comércio. Muitos lojistas não abriram suas portas nesta segunda-feira.

Uma moradora da comunidade, que pediu para não ser identificada, contou o drama que ela e vizinhos têm vivido nos últimos meses: "A situação é desesperadora na Bateau Mouche. Há cerca de dois meses começou uma guerra entre traficantes e milicianos e, desde então, os tiroteios são praticamente diários. Foi assim durante o Carnaval também", disse ela.

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