Ele estava na PM desde 1987 e tinha entrado com pedido de reforma - FOTOS DE REPRODUÇÃO/TV GLOBONEWS
Ele estava na PM desde 1987 e tinha entrado com pedido de reformaFOTOS DE REPRODUÇÃO/TV GLOBONEWS
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O assassinato do subtenente da PM Marcílio de Melo Ferreira, de 54 anos, na madrugada de ontem, reforçou uma estatística lamentável. Só este ano, um policial militar foi assassinado a cada três dias no Estado do Rio. O subtenente foi o 32º agente morto em ataque de bandidos ou em serviço em 2018. Marcílio, que era casado e tinha seis filhos, abastecia seu carro uma Kombi na Estrada Intendente Magalhães, em Vila Valqueire, quando foi atacado por três jovens de 17 anos. Os adolescentes viram a arma na cintura do policial e tentaram roubá-la.

Marcílio entrou em luta corporal e os agressores conseguiram desarmá-lo. Logo em seguida atiraram contra o subtenente. Ao lado da esposa, Marcílio foi atingido na cabeça e, apesar de ter sido socorrido no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, não resistiu ao ferimento.

Amigos da vítima, que era lotada no 16º BPM (Olaria), contaram que o subtenente havia entrado com um pedido para ser reformado. Disseram que ele, que estava na Polícia Militar desde 1987, não estava aguentando mais a violência no estado e sofria muito com o alto número de colegas de trabalho assassinados.

Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, os suspeitos apreendidos negaram que mataram Marcílio por ele ser policial. Segundo os adolescentes, após o crime eles embarcaram em um táxi com destino a um baile funk no Complexo do Chapadão, em Costa Barros.

Taxista rendido

Os adolescentes renderam um taxista e acabaram presos por policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) que estranharam a atitude dos passageiros algumas ruas depois do crime. Durante a abordagem os três contaram que haviam assassinado um homem e disseram que tinham jogado a arma nas proximidades do Base Aérea do Campo dos Afonsos.

Na DH, a polícia descobriu que um dos jovens suspeitos de cometer o crime tinha um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. Além disso, os investigadores contaram que os outros dois já tiveram passagens pela Justiça.

Segundo a Polícia Civil, os jovens serão encaminhados para ao Poder Judiciário e, se condenados, podem pegar, no máximo, uma pena de três anos de internação.

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