UPA de Botafogo ficou lotada - Severino Silva
UPA de Botafogo ficou lotadaSeverino Silva
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Um dia após o rompimento de contrato do governo do estado com a gestora de quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no Rio, quem buscou socorro nelas sofreu com a falta de funcionários, de medicamentos, superlotação e até bateu com a cara na porta. Muitos trabalhadores também foram pegos de surpresa com as mudanças e demissões.

Na UPA de Botafogo, na Zona Sul, a organização social Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ) deu lugar à OS Cruz Vermelha e o espaço estava lotado. Todos os funcionários da HMTJ foram demitidos, entre porteiros, técnicos de radiologia, entre outros. Eles alegam que estão com um mês de salários atrasados e que não foram pagos os 13º de 2016 e 2017. Outra denúncia é que falta material básico para o atendimento aos pacientes.

"Cheguei aqui para assumir o plantão e fui dispensado. Eles falaram que tinham trocado de OS e simplesmente fui dispensado, sem nenhuma satisfação. Agora estou abandonado a própria sorte", desabafou o porteiro Max Santos Inácio, de 30 anos, que trabalhava há 1 ano e quatro meses na UPA Botafogo.

UPA da Tijuca abriu mais tarde por conta da mudança de OS - Severino Silva

O pintor industrial Valcir Lopes de Souza, de 48 anos, mora em Vila Isabel e estava na unidade de Botafogo para tentar atendimento para o neto de 1 ano, que estava com muita febre teve princípio de convulsão. Antes, passaram na UPA da Tijuca, por volta das 7h, mas ela estava fechada.

"O atendimento aqui está horrível, chegamos cedo, fomos levar meu neto na Tijuca, mas quando chegamos lá estava fechada. Isso é uma covardia. Ele (Pezão) está saindo e deixando o estado em calamidade. Isso é uma falta de respeito com a população do Rio", criticou.

A reportagem do DIA também esteve na unidade da Tijuca e ela estava aberta. Os funcionários alegaram que a demora na abertura ocorreu pela troca dos funcionários, que agora fazem parte da OS Unir. A UPA também está superlotada. Uma paciente, que preferiu não se identificar, disse que o atendimento está precário e falta remédios. 

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