Além das UPAs, convênio foi suspenso com hospital em Mesquita - DIVULGAÇÃO
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Rio - Profissionais das UPAs da Tijuca, Copacabana, Botafogo, Jacarepaguá e do Complexo Regional da Mãe de Mesquita, referência na Baixada Fluminense para gestantes de alto risco, foram surpreendidos com a rescisão contratual de gestão das unidades por parte do governo do estado ontem. Eles ficaram sabendo da decisão pelo Diário Oficial, sem comunicação prévia sobre os desligamentos.

"Houve quebra de contrato em vários âmbitos, inclusive nas dívidas do estado que continuam sem resposta", afirmou o presidente da Organização Social (OS) Hospital Maternidade Therezinha de Jesus, Ricardo Campello.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, as Upas e o hospital vão continuar funcionando e os trabalhadores serão mantidos em seus cargos. No entanto, a pasta não informou se outra OS assumirá a gestão. Para Campello, houve um sucateamento por parte do estado, que deve mais de R$ 560 milhões à HNPJ, com quem mantém contratos desde 2012.

"Os atrasos de pagamentos começaram a acontecer de forma suscetiva há três anos, além de repasses menores do que o necessário. A OS não tem recursos próprios, então hoje há uma situação delicada de inadimplência trabalhista, responsabilidade da secretaria. Ficamos endividados sem poder arcar com os custos", ponderou Ricardo. A organização, que já move processo contra o governo por débito em outras unidades, deve recorrer novamente à Justiça.

"Quando houve o rompimento da gestão do Hospital da Mulher e dos Lagos, o vice-secretário de saúde admitiu a falta de recursos. Administramos hospitais em todo Brasil e nunca vivenciamos algo assim. A situação da saúde no Rio é semelhante a da segurança, precisa de uma intervenção", criticou Ricardo.

Por nota, a secretaria justificou que a rescisão foi executada por conta do não pagamento de funcionários, mesmo com repasses efetuados, além de uma recomendação da Defensoria Pública, denúncias dos trabalhadores e greves.

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