solicitações para instalação de ponto fixo de táxi deverão ser protocoladas no posto de atendimento do Guerenguê, em Jacarepaguá - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
solicitações para instalação de ponto fixo de táxi deverão ser protocoladas no posto de atendimento do Guerenguê, em JacarepaguáPaulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia

Rio - Os motoristas auxiliares de táxi vão passar pela primeira vez por um recadastramento detalhado pela Prefeitura do Rio. De 16 de abril a 31 de julho, seguindo um calendário por número de registro, cada profissional deve comparecer ao posto da Secretaria Municipal de Transportes de Curicica portando os documentos requeridos.

O secretário municipal de Transportes, Rubens Teixeira, afirma que o recadastramento vai ajudar na concessão das próximas permissões. "Infelizmente a lista dos taxistas auxiliares está com incorreções históricas. Isso tira a credibilidade do documento. Com o recadastramento, vamos ter transparência e justiça no processo de concessão", explicou.

O taxista Manoel dos Anjos Cardoso, com 12 anos de profissão, é a favor do recadastramento - Foto: Daniel Castelo Branco

Apesar do processo não ser obrigatório, quem não fizer não vai poder futuramente receber a autonomia do táxi. Atualmente, há cerca de 22 mil taxistas auxiliares ativos no município. Cada titular de autonomia pode registrar até dois motoristas auxiliares.

Os documentos necessários para o recadastramento são os originais e cópias do requerimento, que deve ser impresso no site da SMTR, contendo telefone para contato; CNH com atividade de residência; inscrição de INSS como motorista de táxi; comprovante de residência; e certidões do 1º ao 4º Oficios de Distribuições, em caso de documento vencido.

O posto da secretaria fica na Estrada do Guerenguê, 1.630, em Curicica. O calendário do processo segue o número final RATR (registro de auxiliar de transporte). De 16 a 25 de abril, são convocados os auxiliares de final zero. De 26 a 7 de maio, os de final um; de 8 a 16 de maio, final dois; de 17 a 25 de maio, três; de 28 de maio a 8 de junho, quatro; de 11 a 19 de junho, cinco; de 20 a 28 de junho, seis; de 29 de junho a 9 de julho, sete; de 10 de a 18 de julho, oito; e concluindo o processo, de 19 a 31 de julho, final nove.

O motorista auxiliar Manoel dos Anjos, de 57 anos e 12 de praça, concordou com o processo. "Acho necessário em um momento de muita dificuldade para a profissão. Há muita irregularidade, então é importante separar o joio do trigo. Mas a minha maior expectativa é que, depois do recadastramento, o prefeito faça a distribuição das autonomias", opinou.

Já o auxiliar Renato da Silva, com apenas dois anos de profissão, também criticou o número de táxis piratas. "Não deixa de ser um controle o recadastramento, vai ajudar a fiscalização para evitar a pirataria e o processo de autonomia", afirmou o profissional de 60 anos.

Mototaxistas têm tarifa estabelecida

A Secretaria Municipal de Transportes regulamentou, no Diário Oficial de segunda-feira, a tarifa a ser praticada no serviço de mototáxi.

A partir de agora, os profissionais regulamentados têm a permissão para cobrar a tarifa de R$ 1,80 para o primeiro quilômetro percorrido, e devem seguir a tabela de valor arredondado pela quilometragem, publicada no site da SMTR.

Os valores definidos só vão poder ser utilizados partindo dos pontos de mototáxi autorizados pela Prefeitura. As tarifas vão ser revistas anualmente pela SMTR. Ainda não foi definido como será feita a consulta pelo passageiro e pelo mototaxista, mas deve ser lançado em breve um aplicativo para celular.

Para o mototaxista Daniel Gregório, o valor é justo. "Condiz com nosso dia a dia, mas a Prefeitura deveria estabelecer uma tarifa mínima. Eu cobro, por exemplo, mínimo de R$ 3, porque subimos muitas ladeiras, então o desgaste da moto é absurdo. Às vezes, o morro é curto, mas íngreme, consome a moto", ponderou.

No mês passado, a Prefeitura regulamentou o serviço de mototáxi na cidade. A autorização é provisória, por 90 dias, podendo ser renovada.

Reportagem da estagiária Luana Dandara, sob supervisão de Claudio de Souza

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