O Cearadactylus atrox media em torno de 4 metros da ponta de uma asa à outra - divulgação
O Cearadactylus atrox media em torno de 4 metros da ponta de uma asa à outradivulgação
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Rio - Já imaginou saber um pouco mais sobre répteis que sobrevoavam o Nordeste Brasileiro há mais de 100 milhões de anos? Isso será possível a partir do dia 14 no Museu Nacional, na Quinta da Bia Vista. Será exposto ao público, pela primeira vez, o fóssil de um dos primeiros pterossauros encontrados no Brasil. É o crânio de um animal encontrado na Bacia do Araripe, Ceará, e descrito por paleontólogos italianos em 1985. A espécie recebeu o nome de Cearadactylus atrox (Ceará dactylus do grego significando 'dedo', 'dígito', e atrox do latim, significando 'cruel', em alusão aos grandes dentes).

A peça foi doada ao museu pela família de Guido Borgomanero (1921-2005), ex-cônsul da Itália para os Estados do Paraná e São Paulo e um apaixonado pela Paleontologia. A apresentação do fóssil original será dia 13, na posse do novo diretor do Museu Nacional, o paleontólogo Alexander Kellner. A peça será exposta com o fóssil da mandíbula, a réplica da cabeça do animal em vida e a réplica, em resina, do fóssil do animal, ainda em um nódulo de rocha.

O Cearadactylus atrox era um animal com 4 metros de um ponto ao outro da asa, aproximadamente. A espécie diferencia-se dos demais pterossauros pela particular da região anterior da mandíbula, que é bem maior do que a da arcada superior, impedindo o fechamento total, possivelmente para prender o alimento que precisava ser examinado com mais cuidado. A descoberta desta espécie contribuiu para um melhor conhecimento da diversidade de pterossauros da Bacia do Araripe.

A espécie aparece no livro de Michael Crichton, 'Jurassic Park', que deu origem à série de filmes, mostrando o destaque que os répteis voadores brasileiros têm internacionalmente. Este ano o Museu Nacional faz 200 anos. Foi fundado em 6 de junho de 1818 no Campo de Santana, passou à Quinta em 1892.

 

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