Rio - A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) negocia com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) para que os 168 acusados de integrar a milícia Liga da Justiça, presos em flagrante na madrugada deste domingo, realizem a audiência de custódia por videoconferência. O pedido visa impedir a locomoção do grande número de criminosos, alguns considerados de alta periculosidade e que requer um forte esquema de segurança.
Todos eles foram transferidos na tarde deste domingo da Cidade da Polícia para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica. No local, a Seap vai registrar a entrada deles no sistema e, em seguida, eles serão levados para a Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste.
A transferência do grupo foi feita pelo Serviço de Operações Especiais (Seop) da Seap. Ao todo, foram utilizados sete veículos: um ônibus, quatro caminhões e mais duas viaturas. Um helicóptero da Polícia Civil também acompanha o transporte dos presos.
Quatro presos em megaoperação contra milícia eram das Forças Armadas
Entre os 168 presos pela Polícia Civil em megaoperação contra milicianos neste sábado, havia três soldados do Exército, um da Aeronáutica e um bombeiro militar. O chefe de Polícia, Rivaldo Barbosa, ressaltou que houve resistência dos criminosos e confronto com fuzis. O bando participava de uma festa em Santa Cruz, na Zona Oeste. Apontado como o líder do grupo, Wellington da Silva Braga, o Ecko, conseguiu fugir quando os agentes chegaram. Quatro homens que faziam a sua segurança morreram. Além dos presos, 7 menores foram apreendidos. A milícia atua na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.
A polícia afirmou ainda que essa milícia, a maior do estado, ficou enfraquecida após a operação. "Não vamos diminuir a nossa força e vamos atuar, incessantemente, contra os milicianos. Não vamos recuar", disse Barbosa.