Vereadora morta por milicianos - Reprodução / Canal Brasil
Vereadora morta por milicianosReprodução / Canal Brasil
Por NADEDJA CALADO

Rio - As vereadoras Tânia Bastos (PRB), Luciana Novaes (PT), Rosa Fernandes (PMDB), Teresa Bergher (PSDB), Vera Lins (PP) e Veronica Costa (PMDB) apresentaram um projeto de resolução para dar o nome da vereadora Marielle Franco (Psol) à Tribuna do Plenário Teotônio Vilela, na Câmara Municipal do Rio. A parlamentar e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros, no Estácio, em março.

A vereadora Rosa Fernandes falou, à assessoria da Câmara, sobre a homenagem. "É um espaço onde fazemos os discursos e damos nossa opinião sobre a cidade. E uma forma de dizer que não vão calar a nossa voz. Foi uma ideia que tivemos para homenagear essa mulher guerreira, defensora dos direitos humanos", afirmou. Se a medida for aprovada, uma placa com o nome da parlamentar será fixada na tribuna. "Não irá trazê-la de volta, mas simbolizará para sempre a sua presença nesta Casa", disse a vereadora Tânia Bastos.

Desembargadora pede desculpa a Marielle em carta para professora com Síndrome de Down

Um mês após dizer que a vereadora Marielle Franco "estava engajada com bandidos", a desembargadora Marília Castro Neves publicou uma carta pedindo desculpas à vereadora, nesta quarta-feira. O texto é direcionado à professora Débora Seabra. No mês passado, a magistrada questionou como professores com Síndrome de Down poderiam ensinar em sala de aula.

"Estou escrevendo para agradecer a carta que você me mandou e lhe dizer que suas palavras me fizeram refletir muito. Bem mais do que as centenas de ataques que recebi nas últimas semanas. Tenho sofrido muito desde que fui atropelada pela divulgação de comentários meus, postados em grupos privados (...). Perdão, Débora, por ter julgado, há três anos atrás, ao ouvir de relance, no rádio do carro, uma notícia na Voz do Brasil, que uma professora portadora de Síndrome de Down seria incapaz de ensinar. Você me provou o contrário", escreveu a desembargadora.

Em relação à vereadora, a magistrada pediu desculpas e admitiu que reproduziu as informações da Internet sem checar antes a veracidade. "No afã de rebater insinuações, também sem provas, na rede social de um colega aposentado, de que os autores seriam policiais militares ou soldados do Exército, perdi a oportunidade de permanecer calada. Nesses tempos de fake news temos que ser cuidadosos", completou.

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