Rio - Dois dias após ser assaltado na Rua Soares Cabral, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, o vereador Daniel Martins (PDT) relatou ter visto a mesma cena de violência com um rapaz, na noite deste domingo. "Por volta das 20h15, bandidos abordaram o carro deste rapaz com o mesmo modus operandi usado contra mim na sexta-feira. Pararam o carro na frente dele e, como a rua é estreita, rendem a vítima e saem com o carro usado no roubo e o veículo roubado. Agora, o rapaz está na 9ª DP (Catete) registrando ocorrência", relatou Martins, que foi abordado por criminosos na sexta. Na ocasião, o parlamentar estava acompanhado dos dois filhos. Graças ao GPS de seu celular, PMs localizaram o veículo e trocaram tiros com os bandidos. Um deles morreu no local.
"Estamos criando uma associação que compreende o quadrilátero da Rua Soares Cabral, Almirante Sodré, Moura Brasil e Álvaro Chaves. Os moradores já presenciaram diversos tipos de assaltos a metros do Palácio Guanabara. Conversei com o comandante do 2º BPM (Botafogo), que relatou serem ações de bandidos do Morro do Fallet, em Santa Teresa. Conseguimos dinheiro e consertamos uma viatura para ficar na esquina da Álvaro Dias, mas precisamos de outra no fim da Soares Cabral, que virou um ponto de fuga para esses criminosos. Dali, em menos de três minutos, podem fugir para várias regiões da cidade", relatou.
Martins contou ainda que moradores pretendem fazer uma manifestação na região. "Além disso, falarei novamente no Plenário da Câmara Municipal. Relatei o problema na terça, me reuni com o comandante quarta, fui assaltado sexta e agora ocorreu este roubo no domingo. Laranjeiras está abandonada. Não é possível que, a poucos metros do Palácio Guanabara, não haja policiamento ou a presença de homens do Exército. A intervenção federal, até o momento, não trouxe resultados efetivos ao Rio. Meu pai, o deputado Luiz Martins (PDT), vai falar sobre o problema na Alerj. A Comissão de Segurança da Casa quer esclarecer alguns pontos sobre os casos de violência. Vão resolver quando tiver uma morte?", questionou o parlamentar.
