Segundo sargento Luiz Felipe de Castro Moraes - Arquivo Pessoal
Segundo sargento Luiz Felipe de Castro MoraesArquivo Pessoal
Por O Dia

Rio - O vereador Marcello Siciliano, acusado por testemunha de estar envolvido na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, deu uma moção na Câmara Municipal ao segundo sargento da Polícia Militar Luiz Felipe de Castro Moraes, morto com vários tiros no Conjunto do Quitungo, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. Além do PM, Leonan Campos do Nascimento, suspeito de integrar a milícia que atua na região, foi baleado no ataque e também morreu. 

A moção foi concedida em novembro de 2017 foi dada ao parlamentar pela sua "responsabilidade e ética profissional". "Demonstrando sempre comportamento exemplar como policial militar, consciente das atividades que desenvolve, buscando garantir a segurança e atendimento da população, atuando, de forma responsável dentro dos limites da autoridade, com cortesia no trato, considerando as especificidades e individualidade de cada caso", diz o texto. 

As circunstâncias da morte do sargento estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios (DH-Capital) e não há informações se ele teria ligação com a milícia. Ele foi atingido por diversos tiros, inclusive na cabeça. O sargento é o 46º PM assassinado este ano no estado. Luiz Felipe chegou a reagir ao ataque e disparou contra os bandidos, que chegaram em um carro. Moraes tinha 43 anos e estava na corporação há 19 anos. Ele deixa esposa e filho.

Em abril de 2016, o também vereador Rafael Aloisio Freitas também concedeu uma moção ao segundo sargento, porque "nasceu com o dom de servir e o faz com dignidade sem medir esforços."

Em carta, miliciano delatado no caso de Marielle nega acusações

Apontado por uma testemunha como o mandante da morte da vereadora Marielle Franco (Psol), Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, redigiu sua defesa em uma carta, ao qual O DIA teve acesso.

Nela, Orlando diz que não conheceu os vereadores Marcello Siciliano ou Marielle, nega ser miliciano, cita nominalmente a testemunha e diz que ela é chefe de uma milícia aliada ao tráfico, na Zona Oeste. "Informo que (a testemunha) não tem qualquer credibilidade haja vista o referido chefiar a milícia do Morro do Banco", escreveu, citando o nome de um PM. 

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