Douglas morreu em uma tentativa de assalto e a mãe ao reconhecer o corpo do filho - Arquivo Pessoal
Douglas morreu em uma tentativa de assalto e a mãe ao reconhecer o corpo do filhoArquivo Pessoal
Por O Dia

Rio - Vinte mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Civil, nesta segunda-feira, durante uma busca pelos assassinos do sargento da Polícia Militar Douglas Fontes Caluete, de 35 anos, morto na madrugada do último dia 7, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, a ação, que contou com 250 agentes, tinha como objetivo cumprir 45 mandados de prisão contra traficantes que atuam nas comunidades do Lixão, Vila Ideal e Complexo da Mangueirinha. Mandados foram cumpridos contra bandidos que já estavam no cárcere, como Charles Silva Batista, o Charles do Lixão, que comanda as ações de sua quadrilha de dentro da prisão. Dos 20 mandados cumpridos, três se relacionam a novas prisões e 17 já estavam na cadeia.

Segundo as investigações, a quadrilha foi responsável pelo assassinato do PM Douglas Fontes e os criminosos participaram também do confronto que levou à morte o bebê Arthur baleado dentro do útero da mãe em junho do ano passado. Na ocasião da morte do PM Fontes, a mãe dele teve um enfarte fulminante ao ver o corpo do filho no meio de uma rua em Caxias e também faleceu.

De acordo com policiais, foram cumpridos mandados de prisão contra bandidos presos e que estavam em liberdade. Confira os nomes dos envolvidos: Jorge Alex Pereira de Lima, Marco Antônio Silva Loureiro, Daniele da Silva Pereira, Charles Silva Batista, o Coroa ou Charles do Lixão; Paulo Alves Calazans, o Paulinho da Vila Ideal; Anderson Gomes do Nascimento, o Negão da Beira; Gabriel Rodrigues Paulo Sales, Cafajeste; Rômulo Ribeiro dos Santos, Zóio ou Baleado; Moisés Oliveira Da Silva; Igor Nascimento do Espírito Santos; Roberto do Lago Quintino, Beto/ BT; Luiz Henrique Carvalho de Almeida, Rabicó; Rodrigo Cosme Ferreira Gomes; Darlan Veríssimo dos Santos; Luiz Paulo dos Santos Barbosa; Vinícius Sampaio de Castro; Marcio Marques da Fonseca, o Perrega; Renato de Almeida Ribeiro, o Zé Bruxo; Erickson da Silva Ferreira, o Robô, e Jonathan Silva, o Tubarão.

Mãe do PM também morreu

Após o policial militar ser assassinado por bandidos que o reconheceram em uma tentativa de assalto em Gramacho, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a mãe do PM foi até o local para reconhecer o corpo. O choque de ver o filho fez Maria José Fontes, de 56 anos, infartar. Ela chegou a ser socorrida à UPA de Sarapuí, mas não resistiu e morreu.

O sargento Douglas Fontes Caluete, 35 anos, que era lotado do 15º BPM (Duque de Caxias), foi surpreendido por ao menos cinco criminosos armados quando passava pela Avenida Rio Branco, em Gramacho. Na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a namorada do militar contou aos agentes que os criminosos pararam o casal na via. Após uma revista, os bandidos perceberam que ele era PM e ordenaram para que ele se deitasse no chão,em seguida descarregaram as armas. O corpo do militar foi atingido por pelo menos 10 disparos de grosso calibre.

Ação busca assassinos de bebê Arthur

A ação da Polícia Civil também buscou pelos assassinos do bebê Arthur, que foi baleado dentro da barriga da mãe na Favela do Lixão, durante um tiroteio na comunidade. Ele ficou internado durante um mês no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. O menino teve complicações de uma hemorragia digestiva e faleceu no dia 30 de julho.

A mãe de Arthur, Claudinéia dos Santos Melo, que estava grávida de nove meses, levou um tiro, no dia 30 de junho, quando ia ao mercado no Centro de Caxias, e teve que ser submetida a uma cesariana de emergência. O tiro atingiu a região pélvica de Claudinéia e atravessou o tórax do bebê, ferindo também uma das orelhas. Ela recebeu alta no dia 6 de julho.

 
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