Rio - Dez anos depois de chegar ao Brasil cinco no Rio de Janeiro , a cirurgia robótica já conta com 39 robôs-cirurgiões, o triplo de dois anos atrás. A técnica revolucionária, que evita hemorragias e grandes incisões, se expande com rapidez e se prepara para dois desafios: estender o atendimento à rede pública e oferecer operações à distância, inclusive a partir de outros países.
"Minha cirurgia, através de quatro furinhos na pele, sem dor, durou duas horas. Em 13 dias já estava trabalhando", conta o cirurgião Gastão Santos, de 66 anos, curado de câncer de próstata.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica do Rio (SOBRACIL-RJ), a capital fluminense já tem oito robôs-cirurgiões. Dois pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Naval Marcílio Dias, destinado a militares, e no Instituto Nacional do Câncer (Inca), pioneiro no estado.
Segundo o médico Maurício Rubinstein, presidente da entidade, hoje o estado é o segundo, atrás de São Paulo, em números de cirurgias robóticas, que chegaram a 6,3 mil intervenções em 2017. "Este ano, vamos passar de 8 mil", prevê.
Só o Inca, desde 2012, já fez 758 cirurgias de cabeça e pescoço, ginecológicas, de abdome e urológicas. Há também robôs-cirurgiões nos seguintes hospitais privados: Samaritano, Copa Star, Quinta D'Or, São Lucas, Barra D'Or e Américas. Na rede particular, as cirurgias ainda são muito caras, podendo variar de R$ 5 mil e R$ 30 mil.
Para Maurício, os ganhos para a medicina, com diagnósticos mais rápidos e descobertas de doenças ainda na fase inicial, fazem da tecnologia robótica o" data-url="https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/06/5551322-cirurgia-robotica-se-expande-e-se-prepara-para-desafios.html" data-title="Cirurgia robótica se expande e se prepara para desafios">