Rio - As Forças Armadas realizaram, na manhã desta segunda-feira, uma megaoperação nos complexos da Penha, Maré e Alemão. A ação terminou com cinco suspeitos e um militar mortos; dez presos; além de 430 kg de cocaína apreendidos. Segundo o coronel Carlos Frederico Gomes Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste, a polícia do Rio de Janeiro havia "perdido sua capacidade de atuar, porém, agora, opera visando tirar os bandidos de sua área de conforto".
"Mais de 77 mil militares patrulharam a cidade durante a intervenção, 88 mil km de vias patrulhadas, 500 carros recuperados e 800 barricadas retiradas de todas essas comunidades. Criminosos de Antares, que foram presos hoje, iriam reforçar a Maré. Estamos monitorando esses bandidos através da inteligência, portanto descobrimos que eles estão se movimentando pela cidade", afirmou.
De acordo com o Cinelli, também estava prevista para a operação desta segunda o cumprimento de mandados de prisão, porém, alguns tiveram de ser sustados devido a situação "quente" na região. O coronel também afirmou que nenhum civil ficou ferido durante a operação deflagrada nesta segunda, e lamentou a morte do militar baleado na cabeça, no Complexo da Penha.
"Óbitos acontecem por irresponsabilidade dos criminosos, lamentavelmente tivemos dois militares feridos (...) Se não houver uma postura de rendição por parte dos criminosos, lamentavelmente outros morrerão", disse.
O porta-voz da Intervenção Militar no Rio também comentou o ataque a um ônibus que foi incendiado na Linha Amarela, sentido Barra da Tijuca, na Zona Oeste, durante a ação dos militares.
"Isso é uma represália dos criminosos, a determinação parte dos bandidos, para tentar interromper a operação. Eles usam da população indefesa para atrapalhar as ações".