Rio - Um quiosque pegou fogo, na tarde desta terça-feira, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Bombeiros que atuam no rescaldo do Museu Nacional, que foi destruído por um incêndio neste domingo, apagaram a chama que durou cerca de cinco minutos. Ninguém ficou ferido.
O quiosque fica em frente ao Unicirco Marcos Frota. "Imagina se fosse a noite. Poderia alastrar para os outros", disse um bombeiro, que não quis ser identificado ao DIA. As barracas estavam fechadas no momento do incêndio. A causa ainda é desconhecida.
Na noite deste domingo, um incêndio atingiu o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. As chamas destruíram 90% do acervo do local, entre as obras perdidas está a coleção egípcia. "Não existia aqui no museu e acredito que em nenhum outro museu exista uma brigada de incêndio. Este é um 'custo a mais'. Nenhuma peça era assegurada que eu saiba", afirmou a vice-diretora da instituição, Cristiana Serejo.
A primeira amostra de petróleo encontrada no Brasil também foi perdida. De acordo com o professor João Wagner Alencar Castro, responsável pelo Laboratório de Sedimentologia da instituição, o material foi encontrado em Lobato, no Recôncavo baiano, na década de 30. "Era a joia da indústria do petróleo", diz o geólogo.
Crânio é encontrado nos escombros e pode ser de Luzia
Um crânio encontrado entre os escombros do que sobrou do Museu Nacional aumentou as esperanças sobre recuperar raridades após a tragédia. Ele pode pertencer à Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, mais precisamente em Minas Gerais, com cerca de 12 mil anos.
O material será analisado por especialistas para saber se realmente é de Luzia. O crânio estava esfarelado e foi encontrado durante a madrugada, no chão do mesmo cômodo onde ficava o fóssil mais antigo encontrado no país.
