Garçom morto no Chapéu Mangueira, Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, é enterrado no Cemitério de Irajá - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Garçom morto no Chapéu Mangueira, Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, é enterrado no Cemitério de IrajáMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por O Dia

Rio - As armas dos policiais militares envolvidos na morte do garçom Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, de 26 anos — morto na noite de segunda-feira no Chapéu Mangueira, no Leme, Zona Sul do Rio — foram apreendidas. Segundo a Polícia Militar, o armamento foi recolhido para ser periciado.

De acordo com moradores, não havia troca de tiros no momento do crime e os PMs atiraram em Rodrigo por confundirem um guarda-chuva com um fuzil. Ele foi atingido três vezes e não resistiu. Na ocasião, um outro morador identificado como Jonatas da Silva Rodrigues, de 21, também ficou ferido. Jonatas foi socorrido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e já recebeu alta.

A morte de Rodrigo está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios (DH).

Enterro marcado por comoção 

A despedida de Rodrigo foi marcada por silêncio e comoção. Amigos e familiares estavam inconformados com o crime. O garçom foi enterrado na tarde desta quarta-feira no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio.

Enterro do garcom morto na comunidade Chapeu Mangueira, Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, no cemiterio de Iraja. Rj, 19 de setembro. - Marcio Mercante / Agencia O Dia

"Meu filho saiu do morro com dois tiros na perna e um furinho desse lado aqui (aponta para a altura do peito no lado direito). Executaram meu filho na viagem, no transporte para o hospital", declarou a mãe do garçom, Valéria Assis. 

Já a mulher de Rodrigo afirmou que a preocupação agora é com o filho mais velho, que tem 4 anos, que viu a violência sofrida pelo pai. "Estou tentando camuflar da melhor forma possível para ele não crescer com a mente bagunçada, querendo se vingar, fazer justiça... Não é a forma. A gente tem que esperar a justiça dos homens que estão aqui para fazer, pois a de Deus vem depois", disse Thaíssa de Freitas. 

 

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