
Rio - As armas dos policiais militares envolvidos na morte do garçom Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, de 26 anos — morto na noite de segunda-feira no Chapéu Mangueira, no Leme, Zona Sul do Rio — foram apreendidas. Segundo a Polícia Militar, o armamento foi recolhido para ser periciado.
De acordo com moradores, não havia troca de tiros no momento do crime e os PMs atiraram em Rodrigo por confundirem um guarda-chuva com um fuzil. Ele foi atingido três vezes e não resistiu. Na ocasião, um outro morador identificado como Jonatas da Silva Rodrigues, de 21, também ficou ferido. Jonatas foi socorrido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e já recebeu alta.
A morte de Rodrigo está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios (DH).
Enterro marcado por comoção
A despedida de Rodrigo foi marcada por silêncio e comoção. Amigos e familiares estavam inconformados com o crime. O garçom foi enterrado na tarde desta quarta-feira no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio.

"Meu filho saiu do morro com dois tiros na perna e um furinho desse lado aqui (aponta para a altura do peito no lado direito). Executaram meu filho na viagem, no transporte para o hospital", declarou a mãe do garçom, Valéria Assis.
Já a mulher de Rodrigo afirmou que a preocupação agora é com o filho mais velho, que tem 4 anos, que viu a violência sofrida pelo pai. "Estou tentando camuflar da melhor forma possível para ele não crescer com a mente bagunçada, querendo se vingar, fazer justiça... Não é a forma. A gente tem que esperar a justiça dos homens que estão aqui para fazer, pois a de Deus vem depois", disse Thaíssa de Freitas.