A vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros no dia 14 de março de 2018, atentado que também matou o motorista Anderson Gomes - Renan Olaz / Câmara Municipal do Rio
A vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros no dia 14 de março de 2018, atentado que também matou o motorista Anderson GomesRenan Olaz / Câmara Municipal do Rio
Por Agência Brasil

Rio - A vereadora Marielle Franco, morta há seis meses no Rio, foi homenageada nesta terça-feira pelo artista plástico português Vhils, no Panorâmico de Monsanto, em Lisboa. A homenagem faz parte do projeto Brave Walls, da organização não governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.

O projeto Brave Walls reúne artistas que queiram participar de campanhas de consciencialização do trabalho e das dificuldades das mulheres defensoras dos direitos humanos por meio de obras de arte. Em um muro de pouco mais de 3 metros de altura, Vhils fez uma pintura-retrato em alto relevo da vereadora, usando apenas a cor branca.

Na página da Anistia Internacional de Portugal, há um longo texto sobre Marielle Franco, que exercia o primeiro mandato como vereadora pelo PSOL. “Lutou incansavelmente para promover os direitos das mulheres negras, pessoas LGBTI, (Lésbicas, Gay, Bissexuais, Transgênero e Intersexuais) e dos jovens nas favelas do Rio de Janeiro.”

A publicação relata o crime que tirou a vida de Marielle e do motorista Anderson Pedro Gomes, em 14 de março deste ano, no centro do Rio de Janeiro. Ambos foram baleados e mortos. “Juntem-se a nós para exigir uma resposta: quem matou Marielle Franco?”, diz a postagem.

As investigações ainda estão em curso, mas o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, admitiu que dificilmente o crime será desvendado até dezembro. Segundo Nunes, o crime foi planejado de forma a dificultar as apurações.

Na página da ONG, o destaque é para a militância de Marielle Franco e as ameaças permamentes às mulheres engajadas em causas políticas e sociais no mundo.

“Mulheres defensoras dos direitos humanos enfrentam repetidamente estigmatização e violência nas suas comunidades e nos contextos em que trabalham. Continuamente, estas mulheres são um símbolo da coragem, da ousadia e da esperança necessárias para enfrentar tais desafios.”

“Marielle continua a inspirar pessoas em todo o mundo, e não vamos desistir de lutar por justiça! Junte a sua voz e peça também justiça para Marielle”,afirmou o diretor executivo da Anistia Internacional Portugal, Pedro Neto. 

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