Local onde chefe de cozinha foi baleado ao proteger o filho - Reprodução / Internet (Arquivo)
Local onde chefe de cozinha foi baleado ao proteger o filhoReprodução / Internet (Arquivo)
Por O Dia

Rio - O corpo do chefe de cozinha Francisco Vilamar Peres, de 48 anos, baleado na cabeça quarta-feira à noite, em um bar no Rio Comprido, na Zona Norte, quando tentava proteger o filho em um assalto, continua no Hospital Municipal Souza Aguiar, cerca de nove horas após o óbito, por "causa da burocracia da Polícia Civil". A reclamação é de familiares.

Francisco morreu na unidade hospitalar, à 1h24, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. No final da noite, o caso foi registrado na 6ªDP (Cidade Nova). No entanto, somente depois das 8h desta quinta-feira a informação do óbito foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, que envia uma documentação para o hospital autorizando a retirada do corpo. 

A perícia da Polícia Civil começou às 11h30 desta quinta-feira. O corpo foi liberado da unidade hospitalar no final desta manhã e está seguindo para o IML. 

A filha da vítima, Maria Gleicilaine Nascimento Perez, de 20 anos, ainda apontou falhas no atendimento ao pai dentro do Hospital Municipal Souza Aguiar. Segundo ela, o pai deu entrada na unidade por volta das 21h30, e ficou tomando soro no corredor. Ela conta que, toda vez que perguntava pelo pai, a notícia era que ele estava estável. À 1h24 o cozinheiro sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que Francisco deu entrada às 22h e foi "prontamente atendido pela cirurgia geral, conforme estabelece protocolo de trauma". Ainda segundo a direção da unidade, a prioridade naquele momento era a estabilização do quadro clínico "tendo em vista que todo seu sistema respiratório estava obstruído por grande quantidade de sangue e o quadro era gravíssimo, inviabilizando naquele momento uma intervenção neurocirúrgica".

De acordo com a Polícia Civil, testemunhas estão sendo ouvidas e diligências são feitas em busca de imagens de câmeras de segurança instaladas na região para tentar identificar a autoria do crime.

Segundo as imagens das câmeras de segurança no local, o assaltante, que usava um boné, veio assaltando diversas pessoas pela Rua Estrela, que faz esquina com o bar onde a vítima estava com a família. Quando chegou na rua Santa Alexandrina com a Rua Estrela, local do crime, ele rendeu um homem que passava de bicicleta e roubou o seu celular. Logo depois, ele apontou a arma para o filho de Francisco, que estava de frente para o assaltante.

As imagens ainda mostram que o menino entregou o aparelho para o criminoso, que saiu andando logo depois. Quando já estava de costas, Francisco resolveu reagir ao assalto. Segundo a Polícia Civil, ele pode ter achado que a arma era de brinquedo. O assaltante então efetuou os disparos e fugiu. 

 

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