MP pede ainda a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos dos citados na ação - Severino Silva / Agência O Dia
MP pede ainda a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos dos citados na açãoSeverino Silva / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, preso pela da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, negou as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitações. Na saída da superintendência da PF, na Praça Mauá, em direção à Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, escoltado por quatro viaturas, ele respondeu rapidamente à reportagem do DIA

"É óbvio que eu nego, nego tudo", respondeu, fazendo um sinal de positivo com o dedo polegar. Pezão recebeu a vista de advogados durante as cerca de quatro horas em que prestou depoimento à PF. Não se sabe o conteúdo do que foi falado pelo governador. Ele chegou ao local por volta das 7h50.

Antes de seguir para uma sala do estado maior, no presídio da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), passará pela Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, para dar entrada no sistema presidiário do estado.

Pezão na sede Polícia Federal no Rio - Severino Silva / Agência O Dia

O então governador do estado do Rio ficará em uma sala de estado maior da unidade prisional, após sugestão do interventor federal na segurança do Rio, general Walter Braga Netto, já que Pezão tem foro privilegiado. Ainda de acordo com fontes da PF, Pezão não fará o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do Centro. Por segurança, o exame já foi feito no próprio prédio Polícia Federal.

Pezão na sede Polícia Federal no Rio - Severino Silva / Agência O Dia

Prisão de Pezão é comemorada com bolo em frente à Alerj

O Sindicato do Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Sindjustiça RJ) promoveu manifestação com bolo, a partir do meio-dia, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro, para comemorar a prisão de Luiz Fernando Pezão.

Servidores comemoram prisão em frente à Alerj - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia

Organizador do ato, Ramon Carrera explica que a prisão de Pezão diz muito sobre os problemas financeiros que os servidores públicos do estado sofreram nos últimos anos.

"Isso tudo (prisão) explica tudo que acontece no estado. É o encerramento de um ciclo, e a gente acredita que se tiver mais investigações, mais gente será presa (...) Ele não queria dar um abraço no Cabral? Agora vai poder", disse, fazendo alusão a uma entrevista concedida pelo governador ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 30 de outubro.

Em nota, o Governo do Estado informou que o vice-governador Francisco Dornelles (PP) assume a gestão do Rio a partir desta quinta-feira. Já o MDB, partido de Pezão, disse que “não iria se pronunciar sobre a prisão de mais um de seus filiados".  

 

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