Material estava em caixas lacradas com fita adesiva na casa de Alexandre Mota, que disse conhecer Lessa desde a infância e garantiu não saber de nada, mas acabou preso   - Marcio Mercante
Material estava em caixas lacradas com fita adesiva na casa de Alexandre Mota, que disse conhecer Lessa desde a infância e garantiu não saber de nada, mas acabou preso Marcio Mercante
Por *LUIZ FRANCO

Rio - Os 117 fuzis encontrados em uma residência de um amigo do PM reformado Ronnie Lessa, preso apontado como assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, equivalem ao mesmo número de todos os fuzis apreendidos na capital do Estado pelo 3º Batalhão da Polícia Militar (Méier) desde o início de 2011 até janeiro deste ano. Os dados são do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ). 

Levando em conta os fuzis apreendidos por toda a polícia do Estado, a quantidade supera a soma de apreensões de todos os fuzis no mês de março nos últimos dois anos. 

Na manhã desta terça-feira, em um dos alvos de busca e apreensão da Delegacia de Homicídios (DH) em uma residência no Méier, Zona Norte do Rio, os policiais da especializada encontraram um paiol com dezenas de armas desmontadas, incluindo peças para fuzis, e munições.

O material estava em várias caixas escondidas em guarda-roupas. O alvo seria ligado ao policial militar reformado Ronnie Lessa, preso nesta manhã acusado de ser o executor da vereadora Marielle Franco e o motorista dela Anderson Gomes. "Dá para fazer muito fuzil", diz um dos agentes que participou da apreensão.

Na casa estava um homem identificado como Alexandre Mota de Souza, que disse que conhece Lessa desde pequeno, mas alegou que não sabia do armamento. E chorou.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes

 

 

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