Ronnie Lessa, apontado como o executor de Marielle Franco e Anderson Gomes - Divulgação
Ronnie Lessa, apontado como o executor de Marielle Franco e Anderson GomesDivulgação
Por O Dia

Rio - Agentes da Polícia Civil apreenderam nesta terça-feira, uma lancha que seria de Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes. De acordo com informações, a embarcação, uma Real 330, estava no condomínio de luxo Porto Galo, em Angra dos Reis, na Costa Verde. 

Segundo a Polícia Civil, o barco, avaliado em R$ 600 mil, estaria em nome de Alexandre Motta, que também foi preso ontem, por ter em sua residência 117 fuzis desmontados. As investigações apontaram que Alexandre é laranja de Ronnie, tendo inclusive feito movimentações financeiras em seu próprio nome.

As defesas de Lessa e Souza negam envolvimento de seus clientes no assassinato de Marielle.

Acusados das mortes de Marielle e Anderson vão direto para o banco dos réus

À coluna Justiça e Cidadania, fontes do Tribunal de Justiça garantem que o juiz do 4º Tribunal do Júri, Gustavo Kalil, vai mandar os acusados das mortes da vereadora Marielle Franco, do Psol, e de seu motorista Anderson Gomes direto para o banco dos réus. Kalil decretou a prisão preventiva do PM reformado Ronnie Lessa, apontado como o atirador, e do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, motorista do veículo usado no crime.

Delegado responsável por investigação de assassinato de Marielle deixa a função

Como o DIA havia antecipado nesta terça-feira, o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e responsável por investigar a morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Pedro Gomes, deverá deixar a chefia da especializada nas próximas semanas. Quem deverá assumir a titularidade da DH será o delegado Daniel Rosa, que hoje chefia a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Rosa já passou pela DH-Capital como delegado-adjunto.

De acordo com o governador do estado, Wilson Witzel (PSC), Lages não participará da segunda etapa da apuração do crime - que teria como objetivo principal determinar os mandantes da execução e as razões.

Witzel, informou no início da tarde desta quarta-feira, que Lages está deixando a função para fazer um intercâmbio de quatro meses na Itália. Durante a investigação, Lages foi acusado de pressionar suspeitos a confessarem participação no crime, o que acabou levando a Procuradoria-Geral da República a determinar uma investigação federal sobre a investigação do crime.

"Ele não está sendo exonerado", frisou o governador, rebatendo rumores que estavam circulando desde o início da manhã. "Também não está sendo afastado de nada; ele encerrou uma fase da investigação e, agora, outra autoridade vai assumir o caso para, eventualmente, determinar o mandante."

Segundo o governador, a substituição de Lages não trará prejuízos à investigação. "Ele (Lages) está cansado, esgotado", justificou. "O conhecimento da investigação foi compartilhado com outros delegados; mudar um delegado para colocar outro, mais descansado, é natural; trata-se de uma melhoria da capacidade investigativa."

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