Museu do Amanhã - .
Museu do Amanhã.
Por O Dia

Rio - O Museu do Amanhã chegou, no último dia 20, ao seu visitante de número 3,5 milhões. Inaugurado há pouco mais de 3 anos, cerca de metade dos visitantes vem de outros estados do Brasil – uma evidência de que o museu é referência para quem visita a cidade. Já a porção carioca do público vem de todas as regiões da cidade, com destaque para a Zona Oeste e a Zona Norte, que juntas respondem por 72% dos visitantes que moram no Rio. Há muita visitação também de todas as faixas etárias, um público amplo, que vai desde crianças até idosos.

De acordo com a diretoria do museu, os visitantes costumam ser muito impactados pelas informações adquiridas lá. Um levantamento feito pela instituição apontou que mais de 80% deles dizem estar dispostos a mudar algum hábito relacionado às questões ambientais após visita-lo. Luziete Fernandes é um exemplo: ela participa do programa de vizinhos e esteve nas oficinas da Horta do Amanhã em 2018. Ela conta que foi uma "experiência maravilhosa, desde o aprendizado com os mais variados tipos e formas de plantação, reuso, adubação até o aproveitamento de alimentos antes nunca pensados para o consumo". Segundo ela, os conhecimentos adquiridos foram multiplicados para amigos, família e colegas. "Eu nasci com as mãos e os pés na terra, participar da horta foi um reconectar!", ela diz. 

Já Isabela Tavares, de 16 anos, começou a repensar seu futuro profissional depois de uma visita ao museu. Ela participou da oficina “Futuro do trabalho”, do Laboratório de Atividades do Amanhã - LAA, que reuniu designers, a equipe do LAA e vários jovens para pensar os modelos de trabalho do futuro. “Foi ótimo, porque tinha um engenheiro no grupo, e agora eu quero fazer Engenharia Mecatrônica. Antes eu pensava em fazer faculdade, ir para alguma empresa e passar o dia sentada numa sala desenvolvendo soluções. Com as trocas na oficina, passei a ver o trabalho como algo que pode ser mais flexível e independente”, explica.

A secretária de Cultura do Rio de Janeiro, Mariana Ribas, também destaca o impacto que o museu exerce sobre seu público. “Cada um dos 3,5 milhões de visitantes que passou pelo Museu do Amanhã levou consigo uma experiência única, uma nova visão sobre arte, cultura e a vida. Resultado da vocação e da capacidade do museu de promover reflexão e atitudes transformadoras. É um orgulho poder dizer que o Museu do Amanhã é carioca e contribuir para que ele esteja entre os maiores do mundo.”

O Museu do Amanhã chega aos 3,5 milhões de visitantes apesar do momento de crise, vulnerabilidade e pouco investimento que o setor cultural vive no país. Para Henrique Oliveira, diretor executivo do museu, a conquista só é possível graças aos parceiros e à equipe do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que administra o museu. “Nesses três anos, diante dos desafios diários, inclusive o de receber essa enorme quantidade de visitantes, amadurecemos e criamos processos de gestão mais eficientes, além de continuar oferecendo um conteúdo relevante e sempre atualizado. Isso aumenta nossa credibilidade, atrai os patrocinadores e, claro, o público. É um grande orgulho saber que somos um museu educador e que, pelas pesquisas com o público, estamos engajando as pessoas e fazendo com que repensem suas ações hoje para mudarem, conosco, o amanhã.” 

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