Carro onde estava o músico Evaldo Rosa foi atingido por 80 tiros - Reprodu
Carro onde estava o músico Evaldo Rosa foi atingido por 80 tirosReprodu
Por O Dia
Rio - A juíza federal da Justiça Militar Mariana Queiroz Aquino aceitou, neste sábado, a denúncia do Ministério Público Militar o que tornou os 12 militares do Exército réus no caso alvejado por dezenas de tiros em Guadalupe. Eles vão responder por homicídio qualificado, tentativa qualificada e omissão de socorro. Na ação, o músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo foram baleados e mortos pelos militares.
Na última sexta-feira, o Ministério Público Militar denunciou os 12 pelo crime. Os laudos do MP Militar apontaram que mais de 240 tiros de fuzil e pistola foram disparados contra o carro de Evaldo. O músico, que morreu na hora, foi atingido por 62 tiros. Somente o segundo tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo atirou 77 vezes.
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Os militares envolvidos no caso são: Italo da Silva Nunes, Fabio Henrique Souza, Paulo Henrique Araújo, Leonardo Oliveira de Souza, Wilian Patrick Pinto, Gabriel Christian Honorato, Matheus Sant'Anna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa, Gabriel da Silva de Barros, Vitor Borges de Oliveira e Leonardo Delfino Costa.
Nove deles estão presos em uma unidade militar desde o dia do crime. A defesa entrou com um pedido de liminar no Superior Tribunal Militar (STM) para que acompanhem o processo em liberdade. 
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Relembre o caso
Evaldo e sua família iam para um chá de bebê em um carro branco. No veículo estavam a mulher dele, o filho de 7 anos, uma amiga e o sogro. Ao passar por uma patrulha do Exército na Estrada do Camboatá, em Guadalupe, o veículo foi alvejado com mais de 200 tiros pelos militares. O músico morreu no local. O sogro dele ficou ferido, mas sobreviveu. 
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Luciano Macedo foi atingido quando tentava ajudar Evaldo e sua família. Desde a ação, o catador ficou internado no Hospital Municipal Carlos Chagas, em Marechal Hermes, até que faleceu no dia 18 de abril. Grávida de cinco meses, a viúva Dayana Horrara contou ao Jornal O Dia que um dos militares riu e disse que Luciano era bandido