Rio - Os órgãos do menino Kauã Rozário, de onze anos, que teve morte cerebral cinco dias após ser vítima de um tiro na Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste, não poderão ser doados. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pelo Programa Estadual de Transplantes (PET).
A doação era um desejo da família da criança, mas o disparo no abdômen afetou tecidos e o funcionamento dos órgãos. "As lesões provocadas pelo tiro foram muito graves, impossibilitando a captação e utilização dos órgãos para o transplante", disse a secretaria.
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Procurada ainda pela manhã, a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela internação de Kauã no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, ainda não retornou à reportagem.
Pai do menino Kauã Vítor Rozário, Jocelyr do Rozário Junior confirmou na manhã de quinta-feira a morte cerebral da criança. O menino foi vítima de bala perdida quando andava de bicicleta no último sábado na Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste.
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Além da dor da perda, Jocelyr disse que a família ainda tem que lidar com o filho mais novo, de 9 anos, que era muito ligado a Kauã e tem sentido falta dele. "Meu filho está com o psicológico muito abalado, eles só andavam juntos", lamentou.
Tiros também mataram mototaxista
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Kauã Rozário foi atingido quando passava de bicicleta pela Estrada do Engenho, quando estava indo para casa. O tiroteio também matou o mototaxista Leonardo Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Segundo familiares, ele trabalhava quando, em meio ao tiroteio, acabou sendo baleado. Um terceiro homem não identificado também foi ferido.
Pela versão da Polícia Militar, uma equipe do 14º BPM (Bangu) fazia patrulhamento na comunidade quando homens em motos dispararam contra os policiais. Houve reação. Mas os bandidos, segundo a PM, conseguiram fugir. Foram encontrados no local três pistolas calibre nove milímetros, radiotransmissores e 640 papelotes de maconha.
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