Os irmãos de Sérgio, Almir (ao fundo) e Sidnei Ramos Rohan - Luciano Belford / Agência O Dia
Os irmãos de Sérgio, Almir (ao fundo) e Sidnei Ramos RohanLuciano Belford / Agência O Dia
Por LUIZ PORTILHO
Rio - Um dos irmãos do PM morto com o filho na noite desta quinta-feira em São Gonçalo ouviu de casa os tiros que atingiram Sergio Ramos Rohan, de 66 anos, e Luan Sérgio da Silva Rohan, 24. Almir Rohan mora perto do sargento reformado, que foi assassinado quando estava próximo de sua residência. "Escutei primeiro os tiros de pistola. Depois, foi só tiro de fuzil", relembra Almir.
De acordo com familiares, o PM aposentado estava de carro com o filho quando criminosos emparelharam um Ford Ecosport ao veículo deles, na Rua Manuel Martins, em Amendoeira. Eles voltavam do trabalho, em Niterói, onde Sérgio era segurança e Luan, estoquista de uma pet shop. O policial reformado tentou reagir, mas sua arma falhou. Os bandidos atiraram, sem descer do automóvel.
O sargento Sergio Ramos Roham e o filho, Luan Sérgio da Silva Rohan - Arquivo Pessoal
Publicidade
Luan foi o primeiro atingido pelos disparos. O carro do militar ficou com seis perfurações na lateral. Os familiares estiveram na Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG), que investiga o caso, para prestar depoimentos. Lá, eles viram imagens de câmeras de segurança que registraram o crime.
"Meu irmão era uma pessoa tranquila. Foi policial por 20 anos e nunca se meteu em corrupção. Todo mundo no bairro gostava dele, tinha muitos amigos. Foi uma fatalidade mesmo. Meu sobrinho também era bom, um pai babão", lamentou o funcionário público Sidnei Ramos Rohan, 60, também irmão do PM. "A violência em São Gonçalo está demais", reclama.
Familiares do PM estiveram na DHNSG para prestar depoimento - Luciano Belford / Agência O Dia
Publicidade
Além de Luan, Sérgio tinha mais quatro filhos e seis netos. Luan era o filho mais novo, do segundo casamento, e deixa esposa e dois filhos - um de 3 e outro de 4 anos. Pai e filho serão sepultados juntos. Os dois serão enterrados neste sábado, às 12h30, no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo.
Uma pessoa próxima da família, que não quis se identificar, também lamentou o ocorrido: "O Sérgio era um cara excelente, calmo, tranquilo. Não havia motivo algum para que fizessem isso com ele. E o Luan só tinha tamanho, mas era um crianção. O Luan chegou a estudar administração, mas não terminou. Tinha pouco tempo de trabalho na pet shop. O filho dele de três anos o chama o tempo todo, era muito grudado com ele".
Publicidade
Almir Ramos Rohan morava perto do irmão que foi alvo de tiros na noite desta quinta - Luciano Belford/Agência O Dia