Prefeitura anunciou revisão do contrato de concessão de ônibus da cidade - Gilvan de Souza / Agência O Dia
Prefeitura anunciou revisão do contrato de concessão de ônibus da cidadeGilvan de Souza / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - A decisão de de arredondar para baixo o valor das passagens quando não houver troco, assinada nesta quarta-feira, foi aplaudida pela direção do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio). De acordo com o sindicato, é grande o número de profissionais da categoria que procuram a Sintraturb Rio para denunciar que estão sendo obrigados a sair das garagens das empresas sem moedas de R$ 0,05 para dar o troco. Empresas terão até 180 dias para afixar avisos nos ônibus
Segundo Sebastião José, presidente do sindicato, o valor de R$ 4,05 faz com que o motorista ou trocador para não se indispor com o passageiro, acabe dando R$ 0,10 de troco; porém no final do dia quando ele vai prestar conta na empresa, o caixa apresenta uma diferença de valor. "Quando isso acontece, o profissional é obrigado a assinar um vale no valor da diferença que depois é descontado de seu salário. A empresa não perde nada. Vale lembrar que no ano passado uma passageira entrou com uma ação no Ministério Público contra o Consórcio Internorte, já que um cobrador da linha 232 (Lins - Praça Quinze) não tinha os cinco centavos de troco. Na verdade o cobrador nada pode fazer, já que sai da empresa sem troco e ainda é penalizado caso apresente diferença no caixa; mas o passageiro também está na sua razão de cobrar", disse.
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Para tentar resolver essa situação, Sebastião disse que vai sugerir a criação de uma comissão composta por representantes da Fetranspor, Ministério Público, SMTR e do Sintraturb, para que juntos realizem uma fiscalização nas empresas para encontrar uma solução pacífica, bem como evitar que os profissionais da categoria sejam prejudicados. Ele garantiu ainda que caso o desconto nos salários dos profissionais continue, o sindicato entrará com uma representação no Ministério Público e no Tribunal Regional do Trabalho pedindo que cesse imediatamente essa cobrança indevida.
"Arredondar o valor facilitaria tanto para os passageiros quanto para os cobradores. Já estamos cansados de ouvir da secretaria de Transporte que os empresários estão se esforçando para conseguir troco, pois a falta de moedas é muito grande. Quem tem que resolver o problema são as empresas. Os profissionais é que não podem ser desacatados, agredidos em alguns casos e ainda terem que pagar a diferença do caixa do próprio bolso. Isso não vamos admitir", finalizou.