Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018 - Reprodução
Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018Reprodução
Por O Dia
Rio - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para obter a íntegra do inquérito policial instaurado para apurar possíveis irregularidades na investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. 
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Na petição, Dodge lembra que há indícios de envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro junto ao STJ, e enfatiza que, passados quase seis meses da denúncia e praticamente um ano e meio dos crimes, não se têm notícias da identificação dos mandantes e nem de providências para a responsabilização criminal dessas pessoas. "A impunidade dos mandantes é manifesta", resume um dos trechos do documento. 
A própria PGR já havia instaurado inquérito para apurar eventuais falhas na investigação, mas teve o acesso às informações negado, em julho deste ano, pela 28ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Para a procuradora, a negativa de acesso aos dados de investigação requisitados pela própria PGR "mantém o grave estado atual de incerteza em relação aos mandantes do crime, tornando perene a conclusão de que a morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes foi mero crime de ódio".
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Segundo a PGR, o propósito do pedido feito nesta sexta-feira é assegurar o acesso a informações que possibilitem instruir Procedimento Preparatório de Incidente de Deslocamento de Competência (PPIDC), aberto em março do ano passado, logo após os homicídios.