Secretário da Polícia Civil não descarta participação de mais pessoas em sequestro
Delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga afirmou que a investigação do caso tem até 30 dias para ser finalizada e que não descarta nenhuma hipótese para o crime
Rio - O secretário estadual da Polícia Civil, o delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga, disse, na manhã desta quarta-feira, que o inquérito da investigação do sequestro da Ponte Rio-Niterói tem até 30 dias para ser finalizado. Braga não descarta totalmente a existência de um possível comparsa de Willian Augusto da Silva, de 20 anos.
"A princípio é uma situação isolada. Mas a gente não pode descartar uma participação", o secretário afirmou, em entrevista à TV Globo.
Publicidade
Braga disse também que pela experiência que tem na polícia e pelo que os familiares de Willian relataram, o sequestrador deve ter tido um surto psicótico para praticar o crime.
Publicidade
"Isso torna ele muito mais perigoso do que um criminoso comum, que sabe o que está fazendo", avalia.
Reportagem do DIA desta quarta-feira mostra que a polícia investiga se o sequestro praticado por Willian foi tramado pela Internet.
Publicidade
"Descobrimos um contato que ele utilizou e, em cima disso, vamos tentar resgatar as mensagens que ele trocou", contou o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa, o delegado Antônio Ricardo Nunes, que também vai pedir à família os aparelhos eletrônicos de Willian, inclusive o celular que desapareceu na ação.
O SEQUESTRO
Publicidade
Durante cerca de 3h30, Willian Augusto manteve mais de 30 pessoas reféns dentro de um ônibus da linha 2520 (Alcântara x Estácio), da viação Galo Branco, na manhã desta terça-feira. O crime começou com 39 pessoas presas no veículo e terminou com 33, já que seis foram liberadas.
O sequestro acabou com Willian sendo alvejado com pelo menos seis tiros disparados por atiradores de elite da Polícia Militar, que estavam posicionados na região. Os disparos que atingiram o sequestrador partiram de um fuzil Colt AR-10, considerado o mais moderno da segurança pública brasileira.
Publicidade
Logo após o crime, as 39 vítimas e outras pessoas envolvidas no crime foram levadas para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), apesar de as investigações estarem a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).