Lançamento do Segurança Presente, em Bangu, em setembro - Reginaldo Pimenta
Lançamento do Segurança Presente, em Bangu, em setembroReginaldo Pimenta
Por MARIA LUISA MELO
Rio - O policial militar Ednilton Mendes Francisco Júnior, de 32 anos, que morreu com um tiro na cabeça nesta quarta-feira após ser baleado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, organizava a festa de aniversário de 6 anos de seu único filho. Segundo familiares da vítima, o soldado estava animado para a comemoração que seria realizada no próximo dia 13.
"Ia ser uma festa dos Vingadores, mas agora acabou tudo. Acabaram com a gente. Meu filho era o nosso orgulho. Era um trabalhador, um pai de família, um policial honesto", pontuou Elizabeth Pires, de 52 anos, mãe da vítima.
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"Agora vai ser só mais um nas estatísticas. O que o governo vai dizer? Que foi bala perdida? Não foi! Foi uma bala direcionada. Direcionada pelos bandidos. O meu filho estava trabalhando para sustentar a família dele e foi morto", desabafou a mulher enquanto aguardava para liberar o corpo de Ednilton, na sede do Instituto Médico Legal (IML). 
Segundo a PM, Ednilton e outros policiais faziam patrulhamento na região quando foram atacados por três criminosos na Estrada dos Bandeirantes, altura da Avenida Comandante Guaranys. Ainda segundo a polícia, o trio tentou fugir em direção à comunidade Cidade de Deus, próximo ao Karatê, mas foi encontrado logo depois e houve novo confronto.
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O policial foi atingido na cabeça e encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. Ele estava na corporação há seis anos e deixa esposa e um filho. Os suspeitos conseguiram fugir. A Delegacia de Homicídios (DH) fez uma perícia no local e investiga o crime.
Com a morte de Ednilton, chega a 45 o número de agentes de Segurança Pública assassinados no estado em 2019. São 43 PMs, um Guarda Municipal e um militar da Aeronáutica.