Polícia Civil e Ministério Público comandaram toda a operação - Reginaldo Pimenta
Polícia Civil e Ministério Público comandaram toda a operaçãoReginaldo Pimenta
Por Anderson Justino
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público estadual disseram que Elane Figueiredo Lessa, mulher do PM reformado Ronnie Lessa, preso pelo assassinato a vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi quem deu ordens para sumir com as armas que estavam escondidas em um apartamento usado pelo marido dela, no bairro Pechincha, na Zona Oeste do Rio. Elane e outras três pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira na operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
De acordo com o inquérito, um dia após a prisão do PM reformado, Bruno, irmão de Elane, e o empresário Marcio Mantovano, o Márcio Gordo, teriam ido ao apartamento para descartar provas. A dupla saiu do local com uma caixa e entregou o material para Josinaldo Freitas, conhecido como Djaca.
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Para a polícia, dentro da caixa retirada do apartamento continha armas que eram de Lessa. O armamento, segundo o inquérito, foi descartado no mar, na Barra da Tijuca. "O barqueiro recebeu R$ 400 para levar o Djaca até as Ilhas Tijucas, onde esse armamento foi jogado. Ele revela que eram armas de grosso calibre", explica o delegado Daniel Rosa, titular da DHC.
Ainda segundo o inquérito, Elane foi quem montou todo o esquema. "A limpeza no apartamento foi feita um dia depois da prisão do Ronnie. Nós tivemos a informação de que ali era usado como depósito de armas exatamente no dia após a operação. Quando conseguimos o mandado de busca e apreensão, chegamos depois da retirada dos objetos", ressaltou a promotora do Gaeco Letícia Emily.
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Operação Submersus
A Polícia Civil fez, na manhã desta quinta-feira, uma operação para prender suspeitos de envolvimento no sumiço das armas usadas nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. Dentre os alvos da operação, como foi batizada, estão a esposa e um cunhado do PM reformado Ronnie Lessa, de 49 anos, apontado como um dos autores do crime, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, 44, e Bruno Pereira Figueiredo, 27, respectivamente.