Carlos Roberto dos Santos respirava com ajuda de aparelhos no Hospital Souza Aguiar - Arquivo Pessoal
Carlos Roberto dos Santos respirava com ajuda de aparelhos no Hospital Souza AguiarArquivo Pessoal
Por Jenifer Alves*
Rio - Carlos Roberto dos Santos, de 75 anos, espancado por quatro moradores de rua, no último dia 20, morreu na madrugada deste domingo. A informação foi confirmada por sua filha, Leila Magna dos Santos, de 54 anos. Carlos teve uma piora no quadro de saúde na quinta-feira. O idoso respirava por aparelhos e precisou ser transferido para a sala vermelha do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, após uma infecção pulmonar. O caso aconteceu no bairro do Catumbi, na Zona Central da cidade, quando o idoso voltava para casa após um enterro.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). O enterro será no Cemitério do Catumbi às 15 horas, segundo a família.
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Leila Magna dos Santos, de 54 anos, disse que um dos agressores tentou procurar o idoso na unidade para se desculpar pelo ataque. Segundo ela, desde então, Carlos Roberto passou a ficar agitado: "Minha tia estava com ele no dia e me mandou mensagem dizendo que um homem chegou na enfermaria procurando pelo meu pai, dizendo que queria pedir perdão. Desde esse dia ele não ficou bem".

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Carlos Roberto dos Santos Arquivo Pessoal
O idoso também foi agredido na cabeça Arquivo Pessoal
Passarela onde o idoso foi agredido Reprodução / Google Street View
Idoso teve um fêmur fraturado Arquivo Pessoal
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A diarista diz que os agressores foram tirados do local onde costumavam ficar por moradores da região e que não tem esperança de conseguir justiça: "Somos negros, pobres, moramos no Morro da Coroa. Se fosse importante a polícia já teria prendido e eles ainda continuaram lá por mais alguns dias. A população do Catumbi que se manifestou para expulsá-los de onde ficavam", desabafou.

Os moradores de rua ficavam em uma passagem subterrânea, na Avenida 31 de Março, próximo ao Cemitério do Catumbi. O idoso teve uma costela e um dos fêmures quebrados, o pulmão perfurado, foi esfaqueado na mão, além de ter cabeça bastante machucada.
No último dia primeiro, a Polícia Civil informou que um dos suspeitos de ter participado da agressão foi identificado, mas seu nome não foi revelado. 
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*Estagiária sob a supervisão de Beatriz Perez