Defensoria Pública do Rio de Janeiro - Reprodução
Defensoria Pública do Rio de JaneiroReprodução
Por O Dia
Rio - A  A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) criou, nesta sexta-feira, um novo órgão, a Coordenadoria de Promoção da Equidade Racial – a COOPERA. Segundo explicou a defensora Lívia Casseres, que responderá pela nova coordenadoria, o órgão será o responsável por formular estratégias de combate às desigualdades raciais no acesso à justiça.
A COOPERA foi apresentado no Webinar Defensoria Pública Caminhando para a Promoção da Equidade Racial

Segundo a Defensoria, a coordenadoria irá contar com o Núcleo Contra a Desigualdade Racial (NUCORA), órgão especializado e de atendimento ao público externo, que passará a funcionar sob a nova estrutura administrativa.

"Entendo que a Defensoria Pública dá mais um importante passo em direção ao objetivo da equidade racial, ao comprometer sua estrutura de gestão com o enfrentamento do racismo institucional e permitir que seja refletida e formulada uma política antirracista de acesso à justiça em todos os campos de sua atuação", afirmou Lívia Casseres.

Segundo dados do último Censo Demográfico, o Rio é a terceira maior cidade com população negra no país. O Estado reúne 38 comunidades quilombolas e conta com cerca de 15 mil indígenas.

Atuação em diversas frentes

Além da Coordenadoria, a DPRJ criará subcoordenadorias de promoção de equidade racial nas regiões do estado que atende, assim como uma subcoordenadoria com atuação juntos aos órgãos da instituição que trabalham na segunda instância da Justiça. A meta é ampliar a atuação da Defensoria Pública em prol das populações mais afetadas pelo racismo, seja nos direitos individuais, seja nos temas coletivos, em todas as áreas da assistência jurídica, como família, defesa criminal, infância e juventude, direitos humanos, entre outros.

Exemplifica esse trabalho a realização de pesquisas relacionadas ao acesso à Justiça, como a que foi divulgada nesta quarta-feira, que identificou que oito em cada 10 presos são negros. Segundo o estudo, esse grupo também tem mais dificuldade de obter liberdade provisória e sofre mais agressões.


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