Momento em que jovem é agredido por policiais no Shopping Ilha Plaza - Twitter / Reprodução
Momento em que jovem é agredido por policiais no Shopping Ilha PlazaTwitter / Reprodução
Por O Dia
Rio - A Polícia Federal informou nesta terça-feira, que a empresa Moura Corbage Serviços Gerais, onde trabalham os dois policiais militares que agrediram o jovem Matheus Fernandes no shopping Ilha Plaza, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, não possui autorização de funcionamento expedida pelo órgão e atua de forma irregular prestando serviço de segurança armada.

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Matheus Fernandes Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Matheus Fernandes e o advogado Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Rio, 11/08/2020 - COVID 19 - NOVO CORONAVIRUS - Garoto vitima de racismo no shpping Ilha Plaza. Matheus Fernandes, Alice Fernandes,Mae e seu Advogado. Tio de Matheus. Rio. Ilha do Governador. zona nort1 do Rio. novo coronavirusrio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
O soldado Diego Alves da Silva escondeu o rosto na saída 37ª DP Luciano Belford/Agência O Dia
O soldado da PM Diego Alves da Silva escondeu o rosto na saída 37ª DP Luciano Belford/Agência O Dia
O sargento da PM Gabriel Izaú prestou depoimento na 37ª DP Luciano Belford/Agência O Dia
Momento em que jovem é agredido por policiais no Shopping Ilha Plaza Twitter / Reprodução
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A PF é a responsável por autorizar as empresas a desenvolver suas atividades, seja na prestação de serviços especializados a terceiros (vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada, segurança pessoal e curso de formação), seja na constituição de segurança orgânica da própria empresa (vigilância patrimonial e transporte de valores).
De acordo com a Polícia Federal, foi instaurado procedimento administrativo nesta segunda-feira para apurar o fato que, provavelmente, culminará no encerramento formal das atividades de segurança ilegal da empresa Moura Corbage Serviços Gerais, que tem o nome fantasia de Prisma.
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A empresa Prisma pertence ao major Marcelo de Castro Corbage, chefe do Centro de Instrução Especializada e Pesquisa Policial (CIEsPP) da Polícia Militar. A informação foi antecipada pelo jornal Extra e confirmada por O DIA.
Matheus, 18 anos, esteve na loja Renner para trocar um relógio que daria de presente de Dia dos Pais, mas foi acusado de roubo e chegou a ter uma arma apontada na cabeça. Em um vídeo publicado na internet, é possível ver o jovem imobilizado no chão por um dos homens. 
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Nesta segunda-feira, os policiais militares Gabriel Guimarães Sá Izaú e Diego Alves da Silva prestaram depoimento na 37° DP (Ilha do Governador).
O advogado Ricardo Chagas, que defende o sargento Gabriel Guimarães Sá Izaú, acusado de agredir Matheus, disse na saída da distrital que o cliente fez a abordagem porque o jovem estava filmando. O PM e o soldado do Batalhão de Choque, Diego Alves da Silva, são investigados por racismo e abuso de autoridade.
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Advogado de jovem agredido em shopping rebate versão 
O advogado Jaime Fernandes, que defende o jovem Matheus Fernandes no caso da agressão rebateu a versão dos policiais militares sobre a causa da abordagem ter sido o boné. O delegado Marcus Henrique Alves, titular da 37° DP (Ilha do Governador), afirmou na segunda-feira que os PMs que agrediram Matheus disseram, em depoimento, ter desconfiado de um boné do personagem Hulk, que seria também o apelido de Gil, traficante da Ilha do Governador morto no ano passado.