Coletiva da Operação Espoliador  - Cléber Mendes
Coletiva da Operação Espoliador Cléber Mendes
Por Lucas Cardoso
Rio - A megaoperação realizada pela Polícia Civil, desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, terminou com 402 pessoas presas. A operação Espoliador III tinha como alvo autores de roubo, receptação e latrocínio (roubo seguido de morte) foragidos da Justiça. Segundo a instituição, é a maior operação da história da Polícia Civil. Ao todo, cerca de 500 agentes participaram da ação. 

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Operação Espoliador Cléber Mendes
Coletiva da Operação Espoliador Cléber Mendes
Operação Espoliador Cléber Mendes
PF cumpre mandados no Pará, no âmbito da Operação Expurgo Divulgação
PF cumpre mandados no Pará, no âmbito da Operação Expurgo Divulgação
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
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Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
Operação acontece em todo o estado Reprodução
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"Nesse exato momento em que chega ao meu conhecimento que atingimos a marca de 402 presos na Operação Espoliador III, cujo objetivo foi desestruturar a rede de roubos e receptação de bens de origem ilícita, somente me cumpre exaltar o trabalho feito por cada policial civil que incansavelmente se dedicou nesses quase dois meses, entre planejamento e execução dessa operação histórica, a maior em 212 anos da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro! A sociedade certamente sentirá o reflexo dessa operação, que retirou das ruas pessoas que todos os dias cometiam crimes contra a nossa população", afirma o secretário de estado de Polícia Civil, Flávio Brito.
A operação desta terça-feira vinha sendo planejada há cerca de três meses e contou com equipes dos departamentos gerais de Polícia da Capital (DGPC), da Baixada Fluminense (DGPB), do Interior (DGPI), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) e de Polícia Especializada (DGPE).

Um dos presos da operação é o chefe do tráfico de drogas da comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, na Zona Norte da capital. Márcio Rafael Moreira, de 45 anos, foi encontrado com um Honda HRV clonado, que pode ser avaliado em pouco mais de R$ 100 mil.
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Outro preso, com mandado por roubo, foi capturada em uma residência de alto padrão com academia, piscina e hidromassagem em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital. Ele estava com três armas, dentre elas um fuzil. Drogas e outros materiais foram apreendidos com outros criminosos.
Quatro pessoas morreram em confronto com os policiais, três em Resende, no Sul Fluminense, e uma em Jardim Gramacho,Duque de Caixas, na Baixada Fluminense.Todos tinham pedidos de prisão por roubo de cargas.
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Segundo informações reveladas pelos delegados à frente da investigação, a operação atinge diretamente facções criminosas e as milícias que atuam no tráfico em comunidades do Estado."Estamos fazendo um combate frontal ao crime organizado, principalmente a questão dos roubadores, e isso vai se refletir na queda dos índices que já vêm caindo vertiginosamente desde 2019 em todo estado", destacou o delegado Felipe Curi, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, que está a frente da ação.
EMPRÉSTIMO DE ARMAS
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De acordo com a Polícia Civil, os mandados são de inquéritos das delegacias de todo o estado e de levantamento realizado pela Polinter. As investigações apontaram que grande parte dos roubos praticados no estado são feitos com financiamento do tráfico de drogas. Para aumentar os lucros das ações, os traficantes emprestam armas para criminosos praticarem todos os tipos de roubos.
"É um crime que atinge desde o trabalhador, que pega o ônibus e muitas vezes vê até a sua marmita subtraída. Até grandes roubadores que dedicam sua vida a roubar bancos ou cargas. Atinge desde pessoas pobres a alta", disse o secretário de Polícia Civil, Flávio Brito.Ainda segundo a polícia, o crime organizado é responsável pela maior parte dos roubos nos estado. As investigações constataram que o tráfico de drogas e a milícia respondem por cerca de 79% dos roubos de veículos na capital, 73% na Baixada Fluminense e 84% em Niterói e São Gonçalo.
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Em relação aos roubos de cargas, essas quadrilhas têm participação em pelo menos 65% das ocorrências na capital, 64% na Baixada e 62% em Niterói e São Gonçalo.
A Polícia Civil disse que em 2019 indiciou 12.587 assaltantes, o que representa um aumento de 18,8% em relação a 2018. Além disso, no mesmo ano foram presos 2.135 ladrões (mais de 100% de aumento comparado com 2018).Índices de roubos de janeiro a julho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019*

Roubo de rua: - 42%
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Roubo de veículo: -37%
Roubo de carga: -34%
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*De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP)