Wilson Witzel ficará pelo menos seis meses afastado do cargo - Daniel Castelo Branco
Wilson Witzel ficará pelo menos seis meses afastado do cargoDaniel Castelo Branco
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O governador afastado Wilson Witzel (PSC) apresentou, na noite desta quarta-feira, sua defesa no âmbito do processo de impeachment do qual é alvo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Já fora do cargo temporariamente por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o mandatário tenta agora escapar do afastamento político.
Com a defesa entregue à comissão especial que analisa o pedido, a tendência é de que o relatório final do colegiado fique pronto na semana que vem ou, no máximo, até terça-feira da outra semana, quando se encerra o prazo de cinco sessões contado a partir desta quinta-feira. Produzido pela comissão, cuja relatoria é do deputado Rodrigo Bacellar (SD), esse parecer será levado a plenário logo depois.
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Julgamento sobre afastamento de Witzel no STJ Reprodução / Youtube
Cláudio Castro em reunião no Palácio Guanabara, no dia do afastamento de Witzel, com integrantes da Segurança Rogerio Santana/GOV RJ
Pastor Everaldo discursou em campanha de Witzel, sentado ao fundo Reprodução Facebook
Witzel fez um pronunciamento para se defender das acusações Cléber Mendes / Agência O DIA
Witzel e Cláudio Castro Carlos Magno / Governo do estado
Wilson Witzel ficará pelo menos seis meses afastado do cargo Daniel Castelo Branco / Agência O DIA
Para que Witzel seja afastado pela Casa, 47 parlamentares - dois terços do total de 70 - precisam ser favoráveis, o que deve ocorrer. Depois, forma-se um tribunal misto composto por deputados e desembargadores do Tribunal de Justiça para analisar a cassação em si do mandato.
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Nesta quarta, Witzel perdeu de 14 a 1 o julgamento no STJ que analisava a decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves, que o afastou do cargo na última sexta-feira. Com isso, ele fica 180 dias fora do Palácio Guanabara, até aquela Corte decidir se ele é culpado ou inocente no âmbito da investigação criminal que embasou o afastamento. A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ainda não foi aceita e, portanto, Witzel não se tornou réu.
Enquanto isso, a tendência na Alerj também é de placar desfavorável ao governador - que, ao longo do curto mandato, foi criticado pela falta de traquejo para lidar com a classe política. O governador em exercício, Cláudio Castro, não é alvo do pedido de impeachment. Ele é investigado no âmbito das apurações sobre os supostos desvios do governo, mas ainda não foram apresentadas contra ele provas tão robustas como as que envolvem Witzel. Castro não foi denunciado; passou apenas por mandado de busca e apreensão.