Coronavírus - Divulgação
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Por O Dia
Rio - A taxa de pacientes que testaram positivo para covid-19 na cidade do Rio de Janeiro aumentou recentemente. De acordo um levantamento feito pelo Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, o número de infectados pelo coronavírus saiu de 8% em setembro para 18% em outubro. O crescimento acontece em um momento de retomada das atividades econômicas e dos eventos na cidade.
Em cada pesquisa, são analisados 500 exames feitos em dez UPAs da capital. O estudo é realizado em colaboração com o Laboratório Central Noel Nutel (Lacen) e o Hemorio. 
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"Em junho e julho, a taxa de infectados foi caindo, mas nunca chegou a zero. Agora, voltou a subir, coincidindo com a reabertura da economia e a retomada das atividades, com as pessoas saindo para a rua sem máscara. Observamos o aumento de atendimentos nas UPAs, agora temos que ver se esse crescimento vai impactar nas internações", disse o virologista Amilcar Tanuri.
Procurada para comentar se houve aumento na demanda de internações por conta da covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que houve aumento na demanda de atendimentos, mas atribuiu o fato ao incêndio do Hospital Geral de Bonsucesso.
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"Nas últimas semanas, as taxas de ocupação de leitos sofreram impacto e um aumento devido ao fechamento de hospitais do Governo do Estado e também dos hospitais de campanha da rede D´Or e, mais recentemente, por causa do incêndio do Hospital Federal de Bonsucesso, que fechou leitos federais", disse o órgão em nota. 
Ainda de acordo com a SMS, nesta sexta-feira (13), a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 na rede SUS no município é de 77%. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 56%. "São taxas menores do que as registradas ontem (12), que foram 79% para leitos de UTI e 58% para leitos de enfermaria", diz outro trecho do comunicado. 
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Nesta sexta, o estado do Rio chegou ao número de 21.162 mortos e 323.006 casos confirmados, segundo dados da Secretária Estadual de Saúde (SES). 
Segundo a SES, a taxa de ocupação das unidades da rede estadual destinadas à Covid-19 está em 17% em leitos de enfermaria e 56% em leitos de UTI. No total, na rede pública, 154 suspeitos ou confirmados de coronavírus aguardam transferência para leitos de internação, sendo 106 para enfermaria e 48 para UTI, que podem ser regulados para diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal.

"A SES ressalta que não há falta de leitos para Covid no estado. A fila de espera por leitos ocorre porque, para pacientes com comorbidades, a Central Estadual de Regulação busca vagas que contemplem todas as suas necessidades clínicas, garantindo a assistência especializada a cada caso", informou o órgão.