Justiça decreta prisão preventiva de traficante suspeito de matar Bianca Lourenço na Penha
De acordo com Alexandre Abrahão, juiz titular do 3º Tribunal do Júri, a "liberdade dos acusados põe em risco à integridade física e psicológica das testemunhas e moradores da região"
Por O Dia
Rio - A Justiça do Rio determinou, nesta quarta-feira, a prisão preventiva do chefe do tráfico da favela Kelson's, na Penha, Dalton Luiz Vieira Santana, e outros dois traficantes. Eles são apontados pelo assassinato da jovem Bianca Lourenço. Testemunhas contaram que Bianca e Dalton tiveram um relacionamento amoroso e estavam separados há alguns meses. Nas redes sociais, amigos contaram que o rapaz não aceitava a separação e era agressivo com a jovem.
De acordo com Alexandre Abrahão, juiz titular do 3º Tribunal do Júri, a "liberdade dos acusados põe em risco à integridade física e psicológica das testemunhas e moradores da região, especialmente mulheres".
Ainda segundo a decisão, "o delito, por fim, foi empreendido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, por envolver violência doméstica e familiar, eis que o denunciado Dalton e a vítima mantiveram antes deste crime relacionamento amoroso de união estável pelo período aproximado de um ano".
O crime
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No dia do desaparecimento, a vítima teria sido retirada a força pelo traficante de um churrasco com amigos. A jovem, que não morava na comunidade há mais de um ano, participava de uma comemoração de ano novo.
Familiares acreditavam que Bianca teria sido morta dentro da comunidade Kelson's. Uma tia da vítima disse que no dia em que Bianca desapareceu, ela conversou com o suspeito que admitiu ter matado a ex-namorada.
Elemento central nas investigações sobre a morte da jovem, o carro utilizado no crime, um HB20 cinza, não foi localizado. A polícia acredita que o carro poderá ajudar na busca de outros envolvidos na morte. No porta-malas do veículo, a jovem foi vista pela última vez com marcas de tiro, no alto do Complexo da Penha. "Esse veículo é central na dinâmica do crime porque foi usado pelos autores. A partir dele, podemos chegar a outros envolvidos", disse o delegado Leonardo da Costa que participa da investigação da DH.