Deputado Daniel Silveira (PSL) - BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Deputado Daniel Silveira (PSL)BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Por O Dia
Rio - O deputado federal Daniel Silveira (PSL) prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) nesta sexta-feira na unidade prisional da Polícia Militar na cidade de Niterói. Daniel falou sobre os celulares que a agentes da Polícia Federal (PF) encontraram na cela onde ele estava preso.
Segundo o advogado de Daniel, Maurizio Spinelli, o deputado já estava com os aparelhos quando foi preso no dia 17 de fevereiro, e disse ainda que não houve revista. Spinelli chegou a afirmar que seu cliente usou os celulares normalmente na sala da Polícia Federal.
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"Naquela filmagem no Instituto Médico Legal (que viralizou nas redes sociais porque o parlamentar disse que não era obrigado a usar máscara) ele estava usando o celular, e não houve nenhuma interferência", disse Spinelli. "A impressão que eu tenho é de que nem a Polícia Federal estava pronta para que o deputado fosse preso. A ideia é de que ele iria prestar depoimento e seria liberado", concluiu.
Ainda nesta sexta-feira, a PF deu sua versão e informou que o parlamentar foi revistado no momento em que deu entrada na sede da Superintendência Regional e que não portava nenhum celular. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias dos fatos.
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Deputado se recusou a divulgar senha de celulares
Daniel Silveira (PSL-RJ) se recusou a fornecer a senha dos dois aparelhos celulares encontrados em sua cela no dia 18. A apreensão dos aparelhos e a falta de cooperação do parlamentar constam em despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que pede à Procuradoria-Geral da República nova manifestação sobre a prisão do aliado do presidente Jair Bolsonaro.
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A PGR denunciou Silveira no inquérito dos atos antidemocráticos por ameaças contra ministros do STF divulgadas em vídeos nas redes sociais. Em outra investigação - sobre "fake news’ contra a Corte, a PGR sugeriu a aplicação de medidas restritivas alternativas à prisão, como a proibição de se aproximar das dependências do Supremo e uso de tornozeleira eletrônica.
Prisão
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Silveira foi preso em flagrante por crime inafiançável, no dia 16, ao divulgar vídeo com ataques e ofensas a integrantes do STF e, ainda, com apologia ao Ato Institucional nº 5, o mais duro da ditadura militar. A ordem de prisão, determinada por Alexandre de Moraes, foi confirmada por unanimidade pelo plenário da Corte um dia depois. Na sexta-feira passada, por 364 votos a 170, a Câmara manteve a decisão.