PF cumpre mandados de busca e apreensão no TRT
PF cumpre mandados de busca e apreensão no TRTEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ), presos nesta terça-feira (02) pela Polícia Federal (PF), passaram noite no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.  Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues, Fernando Antônio Zorzenon da Silva, José da Fonseca Martins Junior e Marcos Pinto da Cruz, foram presos na megaoperação da PF que cumpriu 11 mandatos de prisão no total.
Pegos pela Operação Mais Valia, a ação seria um desdobramento da Operação Tris in idem, que afastou em agosto do ano passado o então governador Wilson Witzel (PSC) do cargo durante a crise de gastos em meio ao pico da pandemia. 
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Agora, o Ministério Público Federal (MPF) apura o pagamento indevido de quantias aos magistrados, que, em resposta, davam vantagens aos integrantes do esquema criminoso possivelmente instalado do governo de Witzel, que agora responde como réu por corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia feita pelo MPF, algumas firmas pagavam aos magistrados para serem incluídas no esquema chamado Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho Fluminense. O objetivo era conseguir uma forma do governo do estado pagar valores devidos.
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As sete empresas envolvidas e citadas no inquérito são: a Pró-Saúde, a Átrio Service, a MPE Engenharia e quatro consórcios de transporte: Transcarioca, Santa Cruz, Intersul e Internorte.
Nesta última terça-feira, Witzel voltou a ser denunciado. Esta já é a quarta denúncia da PRG contra o ex-juiz federal, afastado do cargo de governador.
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Em nota, a Pró-Saúde diz que desde 2012 tem sido vítima da falta de repasse de recursos do governo fluminense por serviços efetivamente prestados. Segundo a entidade, a inadimplência provocou 4.800 reclamações trabalhistas. Além de cobrar a administração estadual pelo recebimento dos valores, a Pró-Saúde diz que recorreu a um escritório de advocacia com a finalidade de requerer junto ao Poder Judiciário, a inclusão dos débitos trabalhistas da instituição no Plano Especial de Pagamento Trabalhista. 

"A Pró-Saúde não recebeu um único centavo sequer dos valores trabalhistas atrasados. Os poucos valores pagos foram depositados diretamente nas contas dos profissionais da saúde. Portanto, nenhum recurso foi movimentado pela entidade. A Pró-Saúde também nunca pagou honorários para a senhora Eduarda Pinto da Cruz. Os valores recebidos pela advogada foram determinados pela Justiça e levantados diretamente por ela. A instituição está à inteira disposição do Ministério Público para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários", finaliza a nota.