Saiba o que muda com as novas medidas restritivas do Rio, prorrogadas até o dia 22
Setores de comércio e serviço terão horários diferentes de entrada e saída para evitar aglomerações nos transportes públicos
Rio de Janeiro 11/03/2021 - Os vendedores estão aliviados com a permissão para voltarem à ativa amanhã até 17h. Apesar do decreto, nas praias da Zona Sul muitos continuaram trabalhando nas areias e no calçadão. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 11/03/2021 - Os vendedores estão aliviados com a permissão para voltarem à ativa amanhã até 17h. Apesar do decreto, nas praias da Zona Sul muitos continuaram trabalhando nas areias e no calçadão. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
Por Yuri Eiras
Rio - O aumento em 20% na procura por emergências, a alta taxa de ocupação de leitos de UTI, que passa dos 90%, a chegada de novas variantes e a dificuldade de manter o cronograma da vacinação dão o tom da gravidade da Covid-19 no Rio. Se o cenário não é o pior do país, mas ainda assim inspira preocupação. Nesta quinta-feira, a prefeitura anunciou mudanças em relação às medidas restritivas que estão em vigor desde a semana passada. A principal alteração é no horário de funcionamento dos bares e restaurantes, que agora poderão funcionar das 10h30 às 21h.
O que continua proibida é a permanência de pessoas na rua de madrugada, entre 23h e 5h, sob risco de multa. Todo o comércio deverá funcionar com 40% da capacidade total. Desta vez, o decreto é válido a partir da meia-noite desta sexta, até o dia 22 de março. Confira o que muda:
- O setor de serviços deverá funcionar das 8h às 17h. O setor da administração pública funcionará entre 9h e 19h. O comércio em geral, incluindo bares, restaurantes e quiosques, deverão funcionar entre 10h30 e21h. O horário é válido, inclusive, para os quiosques da orla, antes proibidos. Os estabelecimentos, no entanto, deverão seguir com rigor o horário de funcionamento, sob multa de R$ 14 mil e até fechamento por 15 dias, punição prevista no Diário Oficial.
- Comércio de ambulantes na orla poderão funcionar até às 17h. Antes, estavam proibidos. Importante: quiosques do calçadão entram no comércio que deverá funcionar entre 10h30 e 21h.
- Boates, casas de espetáculo, rodas de samba seguem proibidas.
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- A permanência de pessoas paradas na rua seguem proibidas entre 23h e 5h. Aglomerações em praças serão fiscalizadas com rigor. A multa é fixada em R$ 562,82 para cada pessoa que descumprir. O decreto prevê que a Secretária de Ordem Pública e a Vigilância de Saúde podem ordenar regras específicas, mais duras, para bairros e ruas que descumpram as medidas. "Lapa, Olegário Maciel (na Barra), Dias Ferreira (no Leblon), Vista Alegre...Nós podemos ter medidas restritivas para esses lugares", comentou o prefeito Eduardo Paes.
- A exposição e a venda de bebida alcóolica em bancas de jornais e revistas também estão proibidas.
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Prefeitura escalona horários para conter caos do transporte público
As novas medidas restritivas tiveram, desta vez, uma preocupação especial com o transporte público, apontado por especialistas como um dos principais disseminadores do vírus. A partir desta sexta-feira, haverá um escalonamento de entrada e saída para evitar o caos no horário de rush nos ônibus, trens, metrôs e BRTs.
"Haverá um escalonamento. Vamos fiscalizar, mas é uma tentativa de diminuir a pressão sobre os transportes públicos. Eles são um dos dois principais vetores de contaminação, ao lado das aglomerações. Nós buscamos aqui tentar diluir o deslocamento da cidade em mais horas durante o dia. Isso foi discutido, debatido com diferentes setores de atividade econômica. Nós decidimos, então, a partir de hoje, fazer esse escalonamento nos horários de início e término", explicou o prefeito Eduardo Paes.
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