Cláudio Castro diz que vai decidir sobre suspensão de aulas presenciais na semana que vem
Governador interino do Rio contrariou uma decisão do seu secretário de Educação, Comte Bittencourt, e afirmou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira que vai decidir sobre a suspensão das aulas presenciais com os prefeitos
O governador Cláudio Castro tem conversado com muitos líderes partidários. - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
O governador Cláudio Castro tem conversado com muitos líderes partidários.Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O governador interino do Rio, Cláudio Castro (PSC), contrariou uma decisão do seu secretário de Educação, Comte Bittencourt, e afirmou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira que vai decidir sobre a suspensão das aulas presenciais na semana que vem. Comte havia decidido fechar, na próxima segunda-feira, as escolas estaduais e da rede privada correspondentes ao Ensino Fundamental II e Ensino Médio por conta da curva de contágio do Estado do Rio.
"Acabei de ligar pra ele (Comte) e falei que nós em conjunto definimos que definiremos até semana que vem esse fechamento. Os prefeitos junto com o governo vão decidir juntos o que fecha ou não. Não iremos fechar hoje e vamos definir com os prefeitos, numa situação de colaboração. Somos um único estado. Talvez essa seja a grande mensagem", afirmou o governador após reunião com prefeitos, majoritariamente da Região Metropolitana do Rio.
Castro negou divergências com o prefeito do Rio sobre a volta às aulas e disse que concorda com Eduardo Paes que as escolas devem ser "as últimas a fechar".
Sepe defende fechamento
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O coordenador do Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Gustavo Miranda, informou que o Sepe é a favor do fechamento das escolas. Ele destacou que a decisão de suspender as aulas presenciais em todo o estado vai gerar um prejuízo pedagógico, no entanto, é necessária. “O Sepe já tem uma posição de manutenção das aulas de ensino remoto, que é o menos gravoso no momento. A gente admite que vai ter prejuízo pedagógico, entretanto, entre ter o prejuízo pedagógico e colocar em risco a vida das pessoas, o indicado é garantir que as pessoas não sejam contaminadas”, defendeu Miranda.
O coordenador também reforçou a ideia de união entre estado e municípios para decidirem juntos os próximos passos da educação. “Você não pode criar um desnível entre os alunos do estado, que são do ensino fundamental, e os alunos que moram no estado, mas são atendidos pelos municípios do Rio de Janeiro”, afirmou o coordenador do Sepe.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou apenas que "as aulas da rede municipal estão mantidas regularmente até o momento". Já a Secretaria de Estado de Educação informou que, apesar de terem comunicado a suspensão, o Governo do Rio estabeleceu que não é o momento para a suspensão. Confira na íntegra:
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"Nesta sexta-feira (12/03), como faz toda semana, a Secretaria de Estado de Educação comunicou sobre a suspensão de aulas presenciais em municípios fluminenses.
As informações passadas têm como base a Resolução conjunta da Seeduc e da Secretaria de Saúde (Nº 1536/21), que prevê que as atividades pedagógicas nas escolas sejam interrompidas nos municípios classificados em bandeiras roxa ou vermelha. O relatório de risco é entregue ao final de cada semana à pasta para que as unidades escolares possam se organizar e avisar, em tempo hábil, profissionais, responsáveis e alunos.
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Por se tratar de atividade essencial e com base em orientações da SES, o Governo do Estado estabeleceu, por meio de novo decreto, que não é o momento de suspensão de aulas presenciais. As exceções são os municípios que tenham determinações locais de restrição".
Novo decreto será publicado
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Em coletiva de imprensa no Palácio Guanabara, na Zona Sul do Rio, o governador interino disse que vai publicar uma minuta de decretos com diversas medidas para enfrentar a pandemia no Estado que começam a valer nesta sexta-feira e vão vigorar até a próxima quinta-feira. Castro diz que pretende fazer uma política unificada no estado.
"Recebi prefeitos, majoritariamente da Região Metropolitana, e colocamos o que foi conversado na reunião da manhã para que a gente pudesse fazer decreto estadual, e ter uma política estadual unificada de enfrentamento ao covid-19", disse em coletiva de imprensa na sede do governo, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio.
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O governador disse que a aquisição de vacinas será discutido semanalmente entre prefeitos e o governador do Rio. "Estado e municípios trabalharão juntos pela aquisição de novas vacinas. Alguns municípios que já tinham anunciado, compartilharam compras", disse.
Castro também anunciou que trabalha por um calendário único de vacinação no estado.
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Entre os pontos anunciados estão:
- Vedada circulação em praças públicas entre 23h e 5h;
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- Vedadas boates, casas de espetáculo, rodas de samba; drive-ins continuam;
- Bares e restaurantes podem funcionar até 23h com 50% da capacidade, municípios podem restringir este horário;
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- Serviço de delivery, take away e drive-thru sem limitação de horário;
- Vedado o funcionamento de pistas de dança;
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- Comércio funcionará em horário escalonado;
- Vedada venda de bebida alcoólica em banca de jornal;
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- Zoológicos, parques, museus academias, casas de fesa e recreação infantil devem funcionar com 50% de capacidade;
- Ampliação ao incentivo ao home office, principalmente para idosos e pessoas com comorbidades
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