Edmar Santos durante delação premiada
Edmar Santos durante delação premiadaReprodução
Por O Dia
Rio - O ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, falou, em uma delação premiada, que existia um esquema de corrupção na saúde envolvendo o governador afastado Wilson Witzel (PSC). De acordo com informações do Portal G1, da Globo, o ex-secretário explica como a propina seria arrecadada no esquema de corrupção.
Ele chegou a afirmar que o grupo decidiu cobrar vantagens indevidas de organizações sociais e de empresas que tinham pagamentos atrasados a receber do estado, os chamados "restos a pagar". Disse ainda que o dinheiro ia para um caixa único da propina, e era dividido entre ele, o governador Wilson Witzel, Pastor Everaldo, o empresário Edson Torres e Victor Barroso. Edson e Victor eram operadores financeiros de Pastor Everaldo e a função de Victor era recolher a propina das empresas.
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Em outra parte da delação, Edmar Santos disse que ouviu de Pastor Everaldo que a preocupação de Witzel sobre o esquema era tanta que o governador afastado, preocupado com a possibilidade de buscas em seus endereços, chegou a dar R$ 15 mil em espécie para o presidente do PSC guardar com ele. Dinheiro esse que ficava guardado com ele no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador.
O processo de impeachment de Witzel está suspenso desde dezembro, aguardando que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) retirasse o sigilo da delação de Edmar Santos, o que só aconteceu agora. Com isso, o Tribunal Especial Misto, onde tramita o processo de impeachment, poderá marcar o interrogatório do governador afastado.
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