Policiais civis fizeram uma operação na favela do Jacarezinho, na Zona NorteReginaldo Pimenta / Agência O DIA
O pedido foi realizado pela Força-Tarefa (FT), criada no dia 11 de maio, para atuar nas investigações das mortes e demais delitos na ação policial. Entre os documentos e informações ainda não enviados pela Polícia Civil para a FT estão: autos de apreensão referentes à operação, termos de cautela das armas utilizadas na operação, planejamento operacional e relatório final de investigação, e apresentação da justificativa constante da Lei Estadual 8.928/2020. O órgão ressalta que já foram recebidos laudos de local e de necropsia. A Força-Tarefa do MPRJ informou também que novos depoimentos de testemunhas foram obtidos nesta semana e juntados aos autos.
"A operação no Jacarezinho foi um desastre e trouxe muita dor aos familiares dos 28 mortos, incluindo o policial", disse José Miguel Vivanco, diretor da divisão das Américas da Human Rights Watch.
Levantamento parcial do sigilo
A FT, em despacho de terça-feira, determinou o levantamento parcial do sigilo das informações constantes no Procedimento Investigatório Criminal (PIC), para que a sociedade e aos familiares dos mortos em decorrência da intervenção policial fiquem cientes sobre o teor da investigação que vem sendo desenvolvida pelo MPRJ. Ainda estão sob sigilo informações sensíveis, tais como imagens, nomes, endereços e depoimentos de testemunhas, imagens das pessoas envolvidas e dados protegidos por sigilo legal e também por medidas de segurança, assim como diligências em andamento, na forma da Súmula 14 do Superior Tribunal Federal (STF), a fim de não inviabilizar a eficácia da investigação.
Tornam-se então públicas, por meio de solicitação formal de acesso, informações como a distribuição de comunicado para instauração de PIC, portaria de instauração, ofícios de requisição, informações e laudos técnicos já acostados aos autos.
Nova investigação
O plantão disponibilizado pelo MPRJ segue disponível para acolhimento de notícias e evidências relacionadas à operação. Todos podem colaborar com denúncias, informações e registros audiovisuais que possam contribuir para a apuração dos fatos pelo número (21) 2215-7003 – telefone e Whatsapp Business–, 24 horas por dia. As comunicações podem ser feitas sob o mais absoluto sigilo.
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