Cedae realizará manobra preventiva para escoar água contaminada com geosmina
Para a medida, será necessário a interrupção das atividades da estação até 5h de sexta-feira (19). Após a ação, o abastecimento pode levar até 48 horas para ser normalizado
Rio - A Cedae realizará, na noite desta quinta-feira, uma manobra preventiva no Rio Guandu para a renovação da água da lagoa próxima à captação da estação de tratamento. O objetivo é evitar a proliferação de algas responsáveis pela concentração de geosmina, que vem crescendo nos últimos dias. A operação consiste na abertura das comportas para o escoamento com maior volume e velocidade da água da lagoa. Para a medida, será necessário a interrupção das atividades da estação até 5h de sexta-feira (19). Após a ação, o abastecimento pode levar até 48 horas para ser normalizado.
A companhia afirma que montou esquema especial para atender hospitais e outros serviços essenciais com carros-pipa, caso haja necessidade neste período. A companhia pede também que clientes que possuam sistemas de reserva usem água de forma equilibrada e adiem tarefas não essenciais, que exijam grande consumo de água.
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Em nota, a Cedae informou que, além de manter todas as medidas para reduzir a concentração de geosmina, como a aplicação de carvão ativado, a companhia iniciará o bombeamento de água do Rio Guandu diretamente para a lagoa, aumentando a entrada de água e, consequentemente, sua renovação. A instalação da bomba está prevista para ser feita dentro de 10 dias.
A Cedae também solicitou aos laboratórios contratados a redução do prazo no envio dos resultados dos testes de controle de qualidade que são divulgados no site da companhia. O edital da obra de proteção da tomada d'água, solução definitiva para o problema, será publicado em até 30 dias.
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Moradores do Rio voltam a relatar mau cheiro e gosto de terra na água
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Nesta quinta-feira, moradores do Rio voltaram a reclamar do mau cheiro, gosto de terra na água e até falta de abastecimento em alguns pontos do estado. Já é a segunda vez este ano que os cariocas sofrem com problemas na água fornecida pela companhia. Nas redes sociais, residentes da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense demonstraram insatisfação em relação ao serviço da concessionária.
Moradora há 7 anos da Travessa São Carlos, no bairro da Estácio, na Zona Norte, Rosimere Santos de Souza, de 51 anos, contou ao DIA que a água voltou a apresentar cheiro e gosto de barro há uma semana. Apesar disso, a coloração está normal. "Tinha parado, mas voltou a ficar assim. Até a louça e as roupas ficam com mau cheiro. Só não dá para beber e cozinhar", disse.
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Já a técnica de enfermagem, Jeniffer Chaves, de 18 anos, relatou inclusive que começou a passar mal na última quarta-feira (17) devido à água. A moradora de Jardim Lorena, no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste, disse que está há dois dias sentindo cheiro e gosto alterado na água.
"Há dois dias que estou sentindo um cheiro e um gosto estranho na água. Ontem comecei a sentir dor de barriga e acredito que tenha sido por esse motivo. O gosto ainda não está muito forte, usamos filtro em casa, porém quando tomamos banho ou escovamos o dente o gosto e o cheiro estão bem forte", contou.
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