Partido Solidariedade afasta Dr. Jairinho
Parlamentar foi preso, nesta quinta-feira, apontado como principal suspeito da morte da criança Henry Borel, de 4 anos. A mãe do menino, Monique Medeiros, também foi presa
Rio - O partido Solidariedade comunicou publicamente, na quarta-feira, o afastamento do vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho. O parlamentar foi preso foi preso temporariamente por 30 dias, nesta quinta-feira, apontado como principal suspeito pela morte de Henry Borel, de 4 anos, que aconteceu na madrugada do último dia 8 de março. Henry é filho de Monique Medeiros com o engenheiro Leniel Borel. Para a Polícia Civil, o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
"Nós, enquanto um partido formado por cidadãos que buscam um futuro melhor, manifestamos nosso repúdio a todo e qualquer tipo de maus tratos e violência, principalmente contra crianças e adolescentes. Lutamos pelos desfavorecidos e seguiremos atentos aos mais vulneráveis de nossa sociedade", afirmou o partido.
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O Solidariedade também informou que aguarda a apuração dos fatos com o processo de investigação e uma posição final da Justiça.
Câmara Municipal pede afastamento de vereador
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A Câmara Municipal do Rio vai pedir, ainda nesta quinta-feira, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) seja afastado. O conselho se reunirá as 18 horas, na sala das comissões da câmara. A vereadora Teresa Bergher é a autora da emenda que criou o conselho.
"Precisa ser afastado imediatamente. Pela imagem da casa, pela credibilidade de cada um de nós vereadores e por respeito a esta criança vítima de um cruel assassinato e a toda a população que representamos", diz Teresa.
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Três dias após a morte do menino Henry Borel, Jairinho foi eleito membro do Conselho de Ética da Câmara, no dia 11 de março. Caso seja afastado, o seu suplente no conselho é o vereador Luiz Ramos Filho (PMN).
Sessões de tortura
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As investigações da Polícia Civil apontam que Dr. Jairinho teria praticado uma sessão de tortura contra Henry, semanas antes da morte do menino. Ainda de acordo com os agentes, o vereador agredia a criança com o conhecimento da mãe, Monique Medeiros.
Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam o casal por atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe que era conivente.
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Jairinho e Monique eram monitorados pela Polícia Civil há dois dias e acabaram sendo presos em uma casa em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Em 12 de fevereiro, Monique descobriu que o político estava no apartamento, trancado no quarto, com o Henry. A polícia descobriu que ela estranhou que ele tenha chegado cedo em casa.
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Segundo as investigações, um dia após enterrar filho, Monique foi a salão de beleza no Shopping Metropolitano, na Barra da Tijuca. O estabelecimento fica a cinco minutos de carro do condomínio Majestic, no Cidade Jardim, onde ela morava com Henry e o namorado. No local, três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.
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