Rio de Janeiro 19/03/2021 - André França Barreto, advogado da mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, entregou na tarde desta sexta-feira (19) declarações da empregada doméstica e da babá da criança na 16°DP, na Barra da Tijuca. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 19/03/2021 - André França Barreto, advogado da mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, entregou na tarde desta sexta-feira (19) declarações da empregada doméstica e da babá da criança na 16°DP, na Barra da Tijuca. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O advogado de Monique Medeiros e do médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), André França Barreto, voltou a afirmar nesta quinta-feira que o casal não cometeu qualquer tipo de agressão contra o menino Henry Borel, 4 anos. A declaração foi dada após a Polícia Civil concluir, diante das investigações que ainda estão em andamento, que o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
“Eles não sabem de agressão, não existe agressão”, afirmou o advogado do casal na saída da delegacia. Ao ser questionado sobre os prints das conversas entre a babá de Henry Borel e a mãe Monique Medeiros, em que o conteúdo revela que elas já sabiam das agressões do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) contra o menino, o advogado disse que não teve acesso às mensagens e alegou que a Polícia Civil obteve o conteúdo de forma incorreta.

“Quando a polícia fez a busca e apreensão ela quebrou a cadeia de custódia vindo com os aparelhos na mão e com a senha de acesso e agora aparecem mensagens apagadas que desconhecemos”, disse o advogado. A defesa reforçou ainda que o vereador e a mãe do menino sempre estiveram dispostos a colaborar com as investigações e que não mudou em momento algum a versão do ocorrido.
Publicidade
“Não mudaram o depoimento, continuam com a mesma versão, com a segurança e com a certeza que são inocentes, que são honestos. Desde o início eles têm se mostrado colaborativos, se apresentando sempre que solicitados, inclusive vieram espontaneamente até a delegacia, prestaram 12 horas de depoimento e nem intimados tinham sido, apenas foram convidados”, esclareceu o advogado.

Possível tentativa de fuga e celular jogado pela janela

A defesa do casal disse que eles não planejavam fugir e que estavam se revezando nos endereços informados para a Polícia Civil. “Eles sempre estiveram no local onde afirmaram, ora na casa dos pais dele, ora na casa dos pais dela, ora na casa da tia. Todas em Bangu a 50 metros de distância um local do outro. Tanto que a polícia os localizou hoje. Não existe nada a ser escondido. Eles não fugiram, não pretendiam fugir com mochila”, rebateu o advogado em relação a informação repassada pela polícia.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra), o casal foi encontrado em uma residência diferente do que foi dito na sede policial.

Durante a coletiva, a delegada assistente da 16ª DP, Ana Carolina Medeiros, afirmou que o casal tentou se desfazer de celulares durante a chegada da Polícia Civil, nesta quinta-feira. Sobre esse ocorrido, a defesa do casal informou que não foi informado sobre este fato.